Felipe, 31 anos, ainda sonha em jogar fora do País

17 mai 2009 - 11h24

Felipe não é dos mais falantes em um primeiro contato. Mas o artilheiro do Goiás em 2009, introvertido e com a simplicidade típica do interior gaúcho, vem se expressando mesmo é diante dos goleiros adversários. São 19 gols já anotados em seu novo clube, o que vai ampliando a fama de matador que o atacante já nutria em Passo Fundo e Recife.

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Depois de mostrar seu talento em dois extremos do País, Felipe agora faz sucesso no Centro-Oeste. Em um Brasileiro de craques como Ronaldo, Adriano e Fred, corre por fora na briga pela artilharia. Nesta entrevista exclusiva ao Terra, o atacante apelidado de Van Damme no Cerrado conta sobre passagens importantes da carreira e, aos 31 anos, faz planos: jogar fora do Brasil.

Confira a entrevista na íntegra:

Terra - Esse é teu melhor momento na carreira?

Felipe - Desde que eu comecei a jogar, é o melhor. Em um início de temporada, consegui fazer 19 gols. É uma marca que eu ainda não tinha tido.

Terra - E por que acha que as coisas têm dado certo aí em Goiânia?

Felipe - Estou feliz no clube, fui bem recebido. E eu comecei com o pé direito, não é?

Terra - Você faz muito sucesso e foi artilheiro do Goiano. Mas poucos sabem que é seu terceiro estadual como artilheiro. Fale mais sobre isso

Felipe - Foi em 2000 e 2005, com o Passo Fundo. E agora em 2009, em Goiânia. Cada ano que passa você fica mais experiente, aprende mais. É a continuidade que faz a diferença e depois de três anos no Náutico, estou muito bem.

Terra - Por que a decisão de deixar o Náutico? Você foi mesmo procurado por Grêmio e Sport?

Felipe - Fui sim. Pesou mais que eram quase três anos no Náutico, sem oportunidade de jogar em outros lugares para ganhar mais. Mas deixei as portas abertas. Os dois outros clubes me procuraram mesmo, mas o Goiás é uma grande equipe, tem uma estrutura enorme que eu não conhecia, e a proposta foi muito boa.

Terra - O que você encontrou de especial em Recife?

Felipe - Chance de jogar. Comecei a fazer gols, a sorte andava um pouco do meu lado. Foi fundamental o tempo por lá em tudo o que tem acontecido agora.

Terra - É correto falar que você consagrou o Acosta?

Felipe - Tínhamos uma equipe boa em 2007 e tivemos momentos felizes. O Acosta fazia muitos gols. É questão de oportunidade e as coisas começaram a dar certo. Ele ficou um gol atrás do Josiel e aproveitou um momento bom. O Acosta é parceiro, sempre estamos conversando.

Terra - Você já tem 31 anos. Por que acha que está estourando tão tarde?

Felipe - Comecei muito tarde, com quase 20 anos. E isso pesou um pouco, demorei a ter oportunidades.

Terra - Pro futebol, isso é um número razoável. O que você ainda objetiva fazer?

Felipe - Se Deus quiser, jogarei até 34, 35 anos, com certeza. Um objetivo para mim seria jogar fora do Brasil. Vou lutar e, enquanto tiver as oportunidades, vou fazer gols. É um sonho.

Terra - Esse contrato com o Goiás, por ser de dois anos e pelo salto na carreira, foi muito importante para garantir uma vida mais tranqüila após a aposentadoria?

Felipe - O importante é ir bem senão também tem rescisão. Mas espero cumprir esse contrato e seguir fazendo de tudo para ir bem. Se você vai bem, tem chance de renovar.

Terra - O que já deu para fazer com esse dinheiro? Em que você tem investido?

Felipe - Sempre ajudo a família, estou construindo meu pé de meia em Ernestina. Compro terrenos, que é o que mais tem no Sul, para lavoura.

Felipe busca destaque no futebol brasileiro para ter chances de brilhar na Europa
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Foto: Gazeta Press
Fonte: Terra
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