Em nota divulgada na noite desta segunda-feira (7), o vice-presidente da CBF, Delfim Peixoto, pede punição exemplar aos dirigentes que se beneficiaram da entidade por meio de escândalos de corrupção. Ele faz um apelo à Fifa, ao Congresso Nacional, ao Ministério Público e ao Poder Judiciário para que não deixem passar impune as ações dos ex-presidentes da CBF, Ricardo Teixeira e José Maria Marin, e as de Marco Polo Del Nero, que se licenciou do cargo na semana passada.
Delfim, de 74 anos, é o primeiro na linha sucessória se Del Nero for suspenso ou afastado do futebol pela Fifa, o que deve ocorrer nos próximos dias. Mas a direção da CBF convocou uma assembleia para 16 de dezembro a fim de substituir o vice José Maria Marin, preso nos EUA, por um candidato mais velho que Delfim, o coronel Antônio Nunes, presidente da federação paraense. Ele tem 77 anos e seria o vice mais idoso da confederação, o que, em tese, lhe asseguraria a presidência da CBF com Del Nero fora do comando.
"Defendo que se cumpra o estatuto e que não se implementem golpes, como já tentado várias vezes no passado. No presente momento está em curso mais uma imoral e ilegal operação patrocinada pelo atual presidente da CBF com o fim de eleger um novo vice", afirma Delfim.
O dirigente ressalta que se vier a assumir a CBF, vai trabalhar "usando todos os mecanismos legais disponíveis para limpar a entidade da corrupção e punir os envolvidos". "A sociedade e o torcedor brasileiro clamam por mudanças e será isto que farei."
Ele também promete contratar uma auditoria independente para vasculhar todos os negócios e contratos da CBF e abre espaço para a inclusão de atletas com poder de decisão na confederação.
LIGA - No documento, ele deixa clara sua intenção de apoiar a criação de uma liga nacional para a gestão das Séries A e B do Campeonato Brasileiro, o que, para ele, representará um avanço nna organização do futebol nacional.
