Saiba o que está em jogo na reunião da CBF com clubes sobre o calendário do Brasileirão

Ednaldo Rodrigues, presidente da entidade, afirma que não pretende estender a competição para além da data prevista

26 mai 2024 - 18h14
(atualizado às 18h30)
Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, afirma que não pretende estender o calendário do Brasileirão.
Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, afirma que não pretende estender o calendário do Brasileirão.
Foto: Wilton Júnior/Estadão / Estadão

O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, afirmou neste domingo que não pretende estender o calendário do Brasileirão deste ano, após suspender o campeonato por duas rodadas. A intenção do dirigente é finalizar a competição no dia 8 de dezembro, como programado inicialmente.

"A proposta da CBF é exatamente a de manter o calendário de 2024 até o dia 8 de dezembro. Lógico que vamos conversar com todos os clubes. A CBF vai dar várias soluções para que a competição possa terminar dentro daquilo que foi planejado no calendário de 2024?, declarou, em entrevista ao canal SporTV.

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Com a declaração, Ednaldo antecipa sua posição antes da reunião entre a CBF e os clubes da primeira divisão, marcada para esta segunda-feira. A entidade e os times vão decidir como vão reorganizar o Brasileirão após o atraso de duas rodadas - a competição foi suspensa no dia 15 de maio em razão das enchentes no Rio Grande do Sul.

"Teremos uma reunião amanhã (segunda) com todos os clubes da Série A, num Conselho Técnico Extraordinário, para exatamente buscar ali a melhor solução. Para que a competição não tenha uma extensão além do calendário. A proposta da CBF é conciliar de uma forma que não traga nenhuma consequência para todos os envolvidos: os clubes, os patrocinadores, os atletas, para não acrescerem seu período de férias. E também para não impactar no calendário de 2025?, explicou o presidente da CBF.

Sem entrar em detalhes, Ednaldo disse que a entidade vai "propor soluções" para repor as datas perdidas num calendário já apertado. Questionado sobre se pretende colocar mais jogos dos times brasileiros durante a Copa América, o dirigente se esquivou, sem antecipar maiores informações.

"A CBF vai propor soluções. A gente sabe que é um momento crítico e que cada um tem que dar um pouco, cada um tem que ter um pouco de desprendimento para que possamos conciliar. A CBF vai procurar a melhor alternativa possível para que isso não aconteça de uma forma tão extensa. A diretoria de competições e a presidência vão estar à disposição para conciliar da melhor maneira possível com os clubes essas reposições de jogos."

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O que está em jogo?

O maior temor dos times no momento é que a CBF acrescente mais partidas durante a disputa da Copa América, que será realizada entre 21 de junho e 15 de julho. A entidade já havia decidido anteriormente que não pararia o Brasileirão durante a competição de seleções, o que gerou incômodo nos clubes por perderem jogadores convocados para a seleção brasileira e para as demais equipes sul-americanas. Agora há o risco de crescer esse número de jogos em que os times não terão alguns dos seus principais atletas.

A CBF paralisou o Brasileirão na metade do mês de maio, por duas rodadas, em razão das dificuldades enfrentadas pelos clubes gaúchos em meio à tragédia do Rio Grande do Sul. Grêmio e Internacional tiveram estádios e CTs inundados, sem poderem treinar ou mandar jogos em Porto Alegre. Ao mesmo tempo, os jogadores se envolveram nas operações de cuidado e resgate das pessoas afetadas diretamente pelas enchentes.

Também presente na Série A, o Juventude não chegou a sofrer perdas por inundação, mas também enfrenta dificuldades logísticas para se deslocar pelo Brasil porque o Aeroporto Salgado Filho, na capital gaúcha, foi inundado e fechado, com previsão de reabertura somente no segundo semestre.

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