Primeiros corpos de vítimas da tragédia no CT do Flamengo são retirados do IML

Quatro corpos que seriam identificados pela arcada dentária terão agora de passar por exames de DNA

9 fev 2019 - 12h33
(atualizado às 16h54)

O IML (Instituto Médico Legal) do Rio de Janeiro está liberando os primeiros corpos das vítimas do incêndio no Ninho do Urubu que matou dez pessoas e deixou três feridos na sexta-feira. De acordo com as informações mais recentes, os cinco corpos que seriam identificados pela arcada dentária não poderão passar pelo procedimento. Ou seja, a identificação terá de ser feita através de exames de DNA.

O corpo do zagueiro Pablo Henrique, de 14 anos, foi o primeiro a ser retirado dos escombros na madrugada deste sábado. A previsão é de que o sepultamento ocorra às 18h na cidade de Oliveira, a 150 km de Belo Horizonte, em Minas Gerais. O corpo de Bernardo Pisetta, de 14 anos, também foi retirado, mas não há informações sobre o traslado. Outro corpo retirado da CT é o de Vitor Isaías, de 14 anos.

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O corpo de Arthur Vinícius de Freitas, de 14 anos também, foi liberado, mas continua no IML. O velório está marcado para Volta Redonda, a 120 quilômetros do Rio, para começar às 14h30. O sepultamento será 16h. O IML (Instituto Médico Legal) identificou a sexta vítima do incêndio ocorrido no centro de treinamento do Flamengo. O atacante Áthila Paixão, 14 anos, foi identificado pela arcada dentária. Um pouco antes, o órgão havia identificado Gedson Souza, também de 14 anos, com a análise de impressão digital e exame de arcada dentária.

O incêndio deixou dez mortos e três feridos, sendo um em estado grave. Sete vítimas já foram identificadas e liberadas do IML por familiares - o último deles, o goleiro Christian Esmerio, de 15 anos, reconhecido pela arcada dentária. Os zagueiros Arthur Vinicius (14 anos) e o goleiro Bernardo Pisetta (14) também foram identificados da mesma forma, pois já não tinham mais digitais - Vitor Isaías (15) foi o único identificado apenas com digitais. Já no caso de Pablo Henrique (14), foram precisos ambos exames.

Segundo a assessoria da Polícia Civil, os legistas tentam identificar os outros corpos também com exames de arcadas dentárias. Caso a técnica não funcione, a identificação terá de ser feita por exame de DNA, o que leva mais tempo. O órgão montou uma força tarefa para tentar acelerar esse trabalho e a angústia das famílias.

A diretoria do Flamengo se reuniu na manhã deste sábado para definir ações após o incêndio. Segundo interlocutores do clube, além de tentar encontrar respostas para o ocorrido, o encontro tem como objetivo tratar de auxílio aos familiares das vítimas.

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A reunião foi chefiada pelo presidente do clube, Rodolfo Landim, que desde sexta-feira comanda um "gabinete de crise". Este gabinete é formado por vários grupos. Um deles, por exemplo, trabalha na assistência às famílias; outro está fazendo o inventário de toda a documentação necessária no caso.

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