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O guia-piloto que conduz os flamenguistas até o Peru

22 nov 2019 - 14h41
(atualizado às 16h28)

Edwy Jorge é piloto de avião, tem 26 anos, uma vida estável e mora em Rio Branco, no Acre. Apaixonado por futebol, torcedor do São Paulo, ele resolveu estender as mãos aos flamenguistas tão logo a decisão da Libertadores foi transferida de Santiago para Lima. Quase que instantaneamente, ao perceber que muitos deles começavam a planejar uma viagem mais barata até o local do jogo entre Flamengo e River Plate, via capital acreana, Jorge passou a agir como um verdadeiro embaixador dos rubro-negros naquela região.

O carioca Vitor Medeiros viajou do Rio de Janeiro para Lima via Rio Branco e utilizou os serviços de Edwy Jorge
O carioca Vitor Medeiros viajou do Rio de Janeiro para Lima via Rio Branco e utilizou os serviços de Edwy Jorge
Foto: Silvio Alves Barsetti

Ajuda na documentação para a travessia da fronteira com o Peru, desenrola um espanhol fluente se houver algum ruído na comunicação entre os brasileiros e o pessoal da imigração, indica motoristas de táxi e de aplicativos para quem desembarca em Rio Branco a fim de chegar a tempo de ver a final em Lima, traça o roteiro de viagem dos torcedores e dá dicas e orientações sobre o que fazer em caso de imprevistos.

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“O Flamengo está mudando a história do futebol e eu, minimamente, quero fazer parte disso oferecendo o meu conhecimento da região aos que optaram por viajar até Lima pelo norte do Brasil.”

Durante os últimos dias, a rotina de Jorge em sido uma só. Recebe grupos de flamenguistas no aeroporto de Rio Branco. De lá, seguem de carro, por mais ou menos seis horas, até Assis Brasil, cidade fronteiriça com o Peru. Auxilia na travessia da ponte que divide os dois países para que não haja problemas com as autoridades alfandegárias.

A cidade peruana que se conecta com o Brasil se chama Inapari. De lá, o comboio prossegue até Puerto Maldonado – percurso que leva, em média, mais três horas e meia de carro. A saga, para quem faz opção por via terrestre, continua até Cusco, com outras sete, oito horas de viagem. Finalmente, dali, o que resta é um voo rápido até Lima.

Jorge vai, no máximo, até Cusco. Depois, retorna a Rio Branco, onde uma nova caravana de flamenguistas o espera para repetir todo o trajeto, ou um trecho dele.

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“As estradas no Peru têm bom estado de conservação e o único problema, nessa época, é que temos de subir uma serra, cujo acesso às vezes fecha por causa do mau tempo. Tenho me sentido como um braço amigo.”

Do Acre até Lima, com viagem de carro até Cusco e, de lá, de avião à capital peruana, o custo individual gira em torno de R$ 800, incluindo-se aí uma taxa pequena cobrada por Jorge. Para quem veio ou ainda vem do Rio, uma passagem até Rio Branco pode ter saído a R$ 1.200, aproximadamente. Ou seja, todo esse gasto (cerca de R$ 2 mil) fica bem mais em conta de quem seguiu em voo do Rio para Lima, por exemplo – esse bilhete de ida e volta chegou a ser oferecido por mais de R$ 10 mil, dias atrás.

O guia Edwy Jorge conduziu os flamenguistas de Rio Branco até o Peru
Foto: Silvio Alves Barsetti

"Ele fez meu traslado todo, foi me buscar no aeroporto e me levou à Anvisa para saber quais vacinas eu precisava apresentar na fronteira. Depois, fomos juntos até o consulado peruano. Por fim, ele me conduziu até Inapari. Paguei R$ 250. Mas, por toda a atenção e pelo fato de ele ter resolvido várias pendências, saiu barato", contou Vitor Medeiros, que mora no Rio de Janeiro e viajou para ver a final da Libertadores.

Edwy Jorge vai passar o sábado diante da TV, torcendo pelo Flamengo. Horas depois, já estará em território peruano para auxiliar na volta de seus novos amigos.

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Fonte: Silvio Alves Barsetti
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