Fernando Lázaro avalia vitória do Corinthians e revela tática para cansar Ituano

6 fev 2022 - 22h19

Após a vitória sobre o Ituano na noite deste domingo, o técnico interino do Corinthians Fernando Lázaro deu coletiva de imprensa e analisou a partida, que acabou 3 a 2. Primeiro, falou sobre a dificuldade imposta pelo adversário ainda no primeiro tempo e, depois, falou sobre as substituições e melhora da atuação do time da capital.

"Um primeiro tempo difícil, a bola com dificuldade de circulação e também um gol logo de início, também complica ainda mais. Um adversário que vive um bom momento, campeão da Série C do ano passado, um ótimo início de ano, estava invicto e que tinha uma proposta de sair em transição e, com o gol, baixou as linhas, gerou uma dificuldade de entrar nessa última linha deles, mas o método do time foi paciência, não é fácil, acaba apressando etapas para tentar chegar logo ao gol e a gente não conseguiu se manter consistente. Empatou o jogo, mas, numa bola parada, acabou levando a virada", falou sobre a primeira etapa.

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"Mas o time conseguiu manter um bom segundo tempo, com a entrada dos atletas, que foram decisivas. Conseguimos fazer um bom segundo tempo, criar chances e, quando passou à frente do placar, obrigou o adversário a mudar sua característica, criou algumas situações e mudou o cenário do jogo", complementou.

Ele também falou sobre a tática utilizada para cansar o Ituano e, enfim, conquistar a vitória. "Um adversário que se posta mais atrás, foram agressivos e criaram possibilidades, gera muita dificuldade. Nessas situações, tem que ter paciência, ir circulando a bola e construindo e vai também desgastando o outro lado. É um processo natural que no transcorrer do jogo, começa a gerar uma vulnerabilidade em alguns pontos, também a entrada dos atletas, que entraram bem e mantiveram o nível do time, e você vai minando a força defensiva do adversário e tendo mais possibilidade de criar situações, finalizar, e foi o que aconteceu, na minha visão".

Lázaro também falou sobre a atuação do "quarteto" do Timão, alterações realizadas para a partida, herança de Sylvinho e a escolha de Paulinho como titular.

Atuação do quarteto

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"Não sei quanto tempo eles atuaram juntos (os quatro), talvez uns 15, 20 minutos. Foi bom o Róger atuando por dentro, tínhamos a necessidade de ter a presença ali. Mas é uma etapa da temporada também, o Jô também não tinha uma situação de permanência ali no jogo, pelo desgaste, aí o Róger por dentro é uma possibilidade. Achei que foram bem. O nível de qualidade do atleta permite e estiveram bem no jogo enquanto estiveram juntos. Achei que pra uma primeira (vez), por pouco tempo, poucas impressões ainda para se ter, mas é interessante".

Alterações para a partida

"Foram algumas alterações para o jogo, de naturezas diferentes. O retorno do Cássio, numa situação de covid, o Fábio (Santos) já tem sido uma alternância com o Lucas (Piton) pelo lado esquerdo. O Cantillo também uma situação diferente, voltando da seleção. Um atleta que começou a temporada com a possibilidade de ser titular, inclusive, foi reintegrado, fez os treinamentos e iniciou na primeira função do meio-campo. A entrada do Paulo, como falei, ele tem ajustado a carga com os treinamentos e jogos, ele tem uma condição de suportar pelo menos 45 minutos bem, aguentou até mais e bem. Gustavo (Silva) pela direita, uma situação que é uma entrada pela característica do jogo. A gente entendeu que pedia um externo pelo lado direito dando profundidade, e o Jô iniciando o jogo também pelas circunstâncias. Algumas mudanças por diversos motivos, que foram bem, gostei do segundo tempo".

Paulinho

"A opção do Paulinho (como titular) faz parte de uma etapa que vem acontecendo nesse início de temporada, com os atletas voltando com uma melhor condição. O atleta teve um tempo longo de inatividade e agora, com os treinamentos e entrando nos jogos, vai ganhando melhor condicionamento, e passa a ter uma possibilidade de atuar bem por 45 minutos e suportar um jogo mantendo o nível. Ele é um atleta privilegiado fisicamente, com uma característica que era necessária para o jogo de hoje e fez muito bem, fez uma boa partida na minha avaliação".

Herança de Sylvinho

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"É difícil falar em herança (de Sylvinho). O processo deixou muitas coisas boas, uma organização de time. No jogo, até muitos brincando no vestiário, uma coisa muito insistida, esses cruzamentos de pé contrário, dois dos gols foram dessa forma, então, pontualmente, uma coisa bem específica, foram situações que vinham sendo bastante trabalhadas. Muitas coisas da forma de trabalho, de metodologia, do processo, de dia a dia, tudo isso fica. É uma passagem muito bacana e importante do Sylvio aqui, ele deixou essa herança. Da minha parte, não tenho pretensão nenhuma, não me vejo deixando herança nenhuma. Estou à disposição como auxiliar até a chegada do novo treinador, quando isso acontecer".

Gazeta Esportiva
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