- Ricardo Setyon
- Direto de Johannesburgo
Devido ao regime fechado estabelecido pelo ditador coreano Kim Jong-Il, a seleção da Coreia do Norte - primeira adversária do Brasil no Grupo G da Copa do Mundo da África do Sul - teve muitas dificuldades para encontrar um fornecedor de material esportivo para o Mundial.
Com problemas de fornecimento da antiga patrocinadora, a chinesa Erke, a equipe procurava uma nova empresa. Cogitou-se que a espanhola Astore - que estampou sua marca no uniforme norte-coreano no amistoso diante da Grécia, na última terça - seria a nova responsável pelo material esportivo da Coreia do Norte.
No entanto, segundo reportagem publicada no site do Wall Street Journal, o diretor de vendas da empresa, Michel Gogniat, negou o acordo com a equipe e disse que os uniformes usados no amistoso desta terça não foram comprados diretamente com os espanhóis e sim por meio de um intermediário chinês, que repassou o material aos norte-coreanos.
Mas segundo o veículo americano, a Coreia do Norte já tinha fechado contrato com a Legea - empresa de material esportivo da Itália, que patrocina times como a seleção da Bósnia e a equipe do Catania - desde fevereiro. Porém, o gerente de marketing da empresa, Lorenzo Grimaldi, ainda não sabe se a nova camisa da equipe estará pronta para a estreia na Copa, diante do Brasil, no dia 15 de junho.
Detalhes como a tradução de memorandos, tamanhos dos logotipos na camisa e o desenho atrasaram a criação dos uniformes, que custarão entre 45 e 50 euros (cerca de R$ 102 e R$ 113). Ao lado de Brasil, Portugal e Costa do Marfim, a Coreia do Norte integra o Grupo G da Copa.
