Felipão compara Seleção com grupo de 2002 e se vê "pai da molecada"

Quando foi campeão mundial pela primeira vez, em 2002, Luiz Felipe Scolari treinava uma Seleção Brasileira experiente que se amparava em nomes como Ronaldo, Rivaldo, Ronaldinho e o goleiro Marcos. Hoje, a missão dele é bem diferente. Felipão tem uma equipe bem mais jovem e precisa se adaptar. Admite que age como um pai para os jogadores às vezes.

"É um grupo mais moleque que aquele de 2002. São mais jovens. A gente tem que, de vez em quando, tomar alguma providência. Mas a jovialidade a gente também tem que saber usar", comentou o treinador, neste sábado, após treino de reconhecimento no Estádio do Maracanã.

"A maioria desses jogadores tem a idade do meu segundo filho, nem do mais velho. São bem diferentes de Cafu, Roberto Carlos, etc. Temos que fazer contato dentro da situação atual. Em umas situações você age quase como um pai. Outras com amizade, carinho", acrescentou.

Boa parte dos novos comandados de Felipão ainda nem jogou uma competição oficial da Fifa. E o técnico precisa tentar passar todos os conselhos que puder imaginando que situações os jovens vão enfrentar pela frente. "É muita coisa nova surgindo e a gente vai mostrando a eles de que forma pode evoluir. E eles têm entendido. Temos conversado quase como converso com os meus em casa."

Mas, infelizmente para Felipão, a vontade não substitui a experiência. "Tem algumas coisas que mesmo com vontade não dá para empatar com a experiência. Mas eles têm bastante vontade e entrosamento com o grupo, que é muito importante. E podem contar comigo. Na maioria das Copas que vencemos fomos equilibrados, taticamente organizados. Se conseguimos passar isso para eles, vamos ter sucesso."

A Seleção Brasileira entra em campo neste domingo, às 16h (de Brasília), em amistoso preparatória diante da Inglaterra, na reabertura do Estádio do Maracanã.