"Estraga-prazeres", Uruguai usa Maracanazo para explicar torcida contra

20 jun 2013 - 22h08
(atualizado em 21/6/2013 às 09h20)
<p>Tabárez deu sua opinião sobre os motivos das vaias ao Uruguai</p>
Tabárez deu sua opinião sobre os motivos das vaias ao Uruguai
Foto: Bruno Santos / Terra

Técnico da seleção uruguaia, Óscar Tabárez não sabe explicar o motivo pelo qual o público presente na Arena Fonte Nova nesta quinta-feira apoiou fortemente a Nigéria, mas tem um palpite. O treinador aponta que o Uruguai tem fama de “estraga-prazeres” – e se orgulha disso. Ele já projeta que encontrará uma torcida contrária maior ainda na provável semifinal da Copa das Confederações, contra o Brasil.

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Na conferência de imprensa oficial da Fifa realizada após a vitória por 2 a 1 sobre a Nigéria, Tabárez sorriu ao ser questionado sobre a preferência dos fãs baianos. Com 26.769 espectadores, a Arena Fonte Nova esteve longe de ficar lotada, mas foi possível perceber o forte apoio à equipe nigeriana. O gol feito pelo meio-campista John Obi Mikel, que empatou momentaneamente a partida aos 37min do primeiro tempo, foi efusivamente celebrado.

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“O fato de que o público tenha tido preferência pela equipe rival não posso explicar nem criticar. Talvez não somos muito simpáticos”, respondeu Tabárez. “Alguns dizem que somos estraga-prazeres, o que para nós é um elogio. Muitas vezes a festa está preparada para que ganhe um e ganha o outro, geralmente causamos incômodo e isso pode resultar antipático”.

Embora não tenha citado diretamente o “Maracanazo”, pode-se interpretar que o técnico se referia à Copa do Mundo de 1950, quando o Uruguai bateu o Brasil por 2 a 1 no Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, e se sagrou bicampeão mundial.

O treinador ainda prosseguiu em seu raciocínio lembrando ser provável uma semifinal de Copa das Confederações entre os dois rivais sul-americanos.

“A maioria do público era brasileira, e se as coisas seguem por caminhos – não digo normais mas possíveis – talvez nos vejamos na semifinal. E aí haverá uma preferência ainda maior para a outra equipe”, completou Tabárez, ainda com um sorriso no rosto.

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Técnico da Nigéria, Stephen Keshi também soltou um sorriso quando questionado sobre o comportamento dos torcedores. “Esta é uma boa pergunta, porque quando jogamos em Belo Horizonte (os fãs) torciam para o Taiti e hoje (quinta-feira) decidiram torcer por nós. Gostamos. Queriam que ganhássemos o jogo e infelizmente isso não aconteceu, mas este é o futebol. Agradeço a eles, que apoiaram os jogadores a fazer pressão sobre o rival”, disse o técnico, lembrando que o Taiti teve a preferência do público no Estádio do Mineirão, na última segunda-feira, quando foi goleado por 6 a 1 pelos nigerianos.

Fonte: Terra
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