Em jogo de um time só, França bate Honduras com facilidade: 3 a 0

15 jun 2014 - 18h11
(atualizado às 18h14)

Sem vencer uma partida de estreia em Copa do Mundo desde 1998, quando foi a seleção anfitriã, a França não encontrou resistência diante de Honduras e quebrou o jejum neste domingo com um triunfo por 3 a 0 no Beira-Rio, em Porto Alegre, em jogo válido pelo grupo E.

Os hondurenhos já tinham grandes dificuldades para incomodar o goleiro Lloris em igualdade de condições, mas ao menos conseguiam segurar o empate sem gols. Contudo, um pênalti cometido por Wilson Palacios nos instantes finais do primeiro tempo mudou o desenho do duelo. O volante deixou a equpe da América Central com um a menos e permitiu que Benzema fizesse 1 a 0.

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O jogo ainda ficou marcado pela "estreia" da tecnologia na linha do gol. No começo da etapa final, o goleiro Noel Valladares se enrolou ao fazer uma defesa e permitiu que a bola cruzasse a meta, o que, no entanto, só ficou claro graças à novidade implementada neste Mundial.

Benzema ainda fez o terceiro e confirmou a quebra de jejum de 16 anos, quando os franceses derrotaram a Arábia Saudita por 4 a 0. De lá para cá, havia acontecido a derrota por 1 a 0 para Senegal em 2002 e os empates em 0 a 0 com a Suíça em 2006 e com o Uruguai em 2010. De quebra, ele se tornou um dos artilheiros da competição ao lado de Neymar, Robin van Persie e Arjen Robben.

Os 'Bleus' tentarão encaminhar a classificação na próxima sexta-feira, na Arena Fonte Nova, em choque de líderes com a Suíça, que também neste domingo bateu o Equador por 2 a 1, de virada e nos acréscimos. Já Honduras medirá forças com os sul-americanos no mesmo dia.

A grande baixa da França para o Mundial foi o meia Franck Ribéry. O terceiro melhor jogador do mundo, de acordo com a última eleição da Bola de Ouro da Fifa, não se recuperou de uma lombalgia e foi cortado. Dentro do elenco que tem à disposição no Brasil, o técnico Didier Deschamps escalou força máxima.

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Em Honduras, a grande dúvida do técnico Luis Suárez era a escalção do atacante Carlos Costly, que se machucou em um treino na última quinta-feira. Contudo, o camisa 13 se recuperou a tempo e foi para o jogo.

O confronto entre europeus e centro-americanos foi o primeiro apitado pelo trio de arbitragem brasileiro escalado para a Copa, que tem Sandro Meira Ricci no apito e Emerson de Carvalho e Marcelo van Gasse como auxiliares.

Antes do apito inicial, a partida teve um problema protocolar. Devido a uma falha técnica não especificada pela organização, os hinos nacionais não foram executados.

Desde o começo, ficou claro que a França é muito superior tecnicamente. Mas também ficou explícita a dificuldade dos europeus em criar chances de gol devido a erros no último passe. Aos oito minutos, Debuchy recebeu aberto na direita em boa jogada, mas cruzou mal, para fora.

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O ataque dos 'Bleus' enfim funcionou aos 15 minutos, e a bola não entrou por pouco. Após cobrança de falta da direita, Bengtson afastou mal e deu um presente para Matuidi, que dominou na grande área, bateu e acertou o travessão. O goleiro Valladares ainda desviou levemente.

Pouco em seguida, aos 22, o travessão de Valladares foi carimbado mais uma vez. Evra cruzou na medida para Griezmann, que arrematou firme de cabeça. Um minuto depois, Cabaye rolou para Valbuena, que fez o chuveirinho. Também de cabeça, Benzema arrematou para fora.

O jogo ia ficando pegado, e um lance ocorrido aos 26 viria a ser capital mais tarde. Pogba e Palacios se estranharam e levaram cartão amarelo.

Honduras tinha muitas dificuldades para atacar, sequer entrou na área adversária com a bola e chutou apenas uma vez a gol em toda a primeira etapa. E em uma tentativa que não foi das melhores. Aos 34, Figueroa bateu de muito longe e isolou.

Os problemas da França para encontrar o caminho do gol, que eram cada vez maiores com o passar do tempo e o aumento do nervosismo, foram atenuados por Palacios aos 44 minutos. Principal jogador da equipe centro-americana, o volante cometeu pênalti em Pogba e foi expulso por Ricci. Benzema cobrou com muita categoria, no canto direito alto, e converteu.

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Logo nos primeiros instantes da etapa final, a França obteve o segundo, num lance em que a tecnologia na linha do gol se mostrou eficiente e foi determinante. Aos três minutos, Benzema foi lançado na área e completou acertando a trave. Na volta, a bola bateu em Valladares e cruzou a meta, segundo o sistema instalado pela Fifa. Ricci deu gol contra do goleiro.

A Honduras então restou se segurar como era possível, e os campeões mundiais de 1998 trocavam passes com paciência. Aos dez minutos, Cabaye cruzou para Benzema, que apareceu livre na área e obrigou Valladares a operar um milagre.

Com a bola de pé e uma paciência que beirava o comodismo, os franceses iam criando oportunidades e as desperdiçando. Em uma jogada toda de primeira, Benzema recebeu lançamento e tocou para Evra, que mandou para o meio. Matuidi chegou chutando e acertou a rede, mas pelo lado de fora, aos 18.

O terceiro, que era questão de tempo, saiu aos 26. Valbuena cobrou falta rolando para trás para Matuidi, que soltou a bomba e acertou Evra. Benzema pegou a sobra e, também com forca, superou Valladares e estufou a rede.

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Já não era preciso muito esforço a não ser o de trocar alguns passes curtos. Nos últimos sustos em Valladares, Griezmann cabeceou prensado, aos 41, e Matuidi chutou para longe após pegar sobra, aos 47.

Ficha técnica:.

França: Lloris; Debuchy, Varane, Sakho e Evra; Cabaye (Mavuba), Matuidi e Pogba (Sissoko); Valbuena (Giroud) e Griezmann; Benzema. Técnico: Didier Deschamps.

Honduras: Valladares; Beckeles, Bernárdez (Chávez), Figueroa e Izaguirre; Palacios, Espinoza, Garrido e Najar (Claros); Costly e Bengtson (Boniek). Técnico: Luis Fernando Suárez.

Árbitro: Sandro Meira Ricci (Brasil), auxiliado por Emerson de Carvalho e Marcelo van Gasse.

Cartões amarelos: Evra, Pogba e Cabaye (França); Palacios, Boniek e Garrido (Honduras).

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Cartão vermelho: Palacios (Honduras).

Gols: Benzema (2x) e Valladares (contra) (França).

Estádio: Beira-Rio, em Porto Alegre.

  
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