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Dunga sobre preso por desvio de ingressos: "não sou amigo"

Ex-técnico e jogador da Seleção Brasileira falou que não é amigo de Lamine Fofana, argelino preso pela Polícia Civil do Rio de Janeiro no caso de desvio e cambismo de ingressos da Copa

3 jul 2014 - 14h02
(atualizado às 16h30)
<p>Dunga diz conhecer acusado de desvio de ingressos em função de amistoso realizado pela Seleção no passado</p>
Dunga diz conhecer acusado de desvio de ingressos em função de amistoso realizado pela Seleção no passado
Foto: Murilu Dantas / Divulgação

Ex-técnico e jogador da Seleção Brasileira, Dunga afirmou na tarde desta quinta-feira, no Rio de Janeiro, que "não tenho amizade" com Lamine Fofana, empresário argelino preso pela Polícia Civil do Rio de Janeiro num esquema de suposto desvio e cambismo de ingressos para a Copa do Mundo de 2014.

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Dunga foi visto e até flagrado em fotos na presença de Fofana e terá que prestar esclarecimentos à Polícia Civil na investigação. "Conheço ele por ter levado a gente para um amistoso na Chechênia", disse Dunga, sobre a partida que envolveu ex-jogadores brasileiros campeões do mundo em 1994 e que ocorreu no ano de 2011.

"A outra vez que o encontrei foi em um almoço na Lagoa (Rodrigo de Freitas, na zona sul do Rio), com representantes da embaixada da Suiça. É só o que tenho a falar sobre ele. Não tenho amizade e nem fui chamado por ninguém para qualquer esclarecimento", reiterou Dunga, após participar de evento no Rio.

De acordo com o delegado titular da 18ª DP (Praça da Bandeira), Fábio Barucke, que lidera as investigações do caso pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, Dunga teve outros encontros com possível chefe da quadrilha que faturava, por partida nesta Copa do Mundo, até R$ 1 milhão, em um negócio que tinha como objetivo final o montante de R$ 200 milhões.

"Ele se encontrava muito com o Dunga em hotéis, mas até então nada que possa identificar que ele estaria participando. Nosso objetivo é exaurir as escutas", explicou Barucke, sobre o fato de a PC-RJ ainda estar na metade do trabalho de averiguação de um total de 50 mil grampos telefônicos efetuados. "Estou nesse passo final de terminar esse procedimento", complementou.

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Outro que também foi flagrado nestas escutas telefônicas autorizadas pela Justiça foi o empresário e irmão de Ronaldinho, Assis Moreira. Não se sabe ainda, porém, se o intuito era apenas adquirir entradas paras da Copa do Mundo ou se ele teria, de fato, algum tipo de participação no esquema.

"Isso vai ser objeto de investigação. Temos conversas de jogadores conversando com ele em busca de ingresso. Se algum jogador for flagrado cedendo ingresso para ele, será denunciado pelo mesmo crime. Vai ficar num segundo momento da investigação", explicou o delegado responsável pelas investigações.

Assis foi um dos presentes a uma festa realizada na cobertura de um prédio na Lagoa Rodrigo de Freitas, ponto nobre da zona sul do Rio de Janeiro. De acordo com escutas obtidas pelo diário carioca O Dia, somente neste evento Fofana gastou R$ 9 mil em garradas de uísque para presentear seus convidados.

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O argelino gozava de prestígio e circulava livremente no mundo do futebol, sempre com credenciais reservadas apenas para dirigentes de alto escalão da Fifa, por exemplo - o carro de Fofana possuía adesivo que lhe dava acesso irrestrito aos locais sob a tutela da entidade.

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A proximidade do argelino, que possui também nacionalidade e passaporte francês e já foi jogador de futebol, também encontra prova no fato de que, para a sua estada no Rio de Janeiro, ele alugou o apartamento de Júnior Baiano, outro ex-jogador da Seleção Brasileira.

"Ele alugou o apartamento do Júnior Baiano. Ele estava lá a título de locação, ele pagou para o Júnior Baiano com um contrato. É uma relação contratual entre os dois, não há que se levantar qualquer suspeito. Foi feito mandado de busca e apreensão lá", afirmou Barucke.

"Apreendemos lá ingressos de hospitality (com comodidade) e lá foi o local de prisão do argelino. Ele tem relacionamento com vários jogadores de futebol. Ele distribuía muitos ingressos, fez festa fechada. Temos filmagem, mas não temos prova de que jogadores estariam passando ingressos para ele", finalizou.

Fonte: Terra
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