Parreira: CBF vai atender a "quase todos" pedidos do Bom Senso em 2015

10 dez 2013 - 16h26
(atualizado às 17h16)
<p>Treinador crê que mudanças só não serão executadas em 2014 por Copa do Mundo</p>
Treinador crê que mudanças só não serão executadas em 2014 por Copa do Mundo
Foto: Mauro Pimentel / Terra

A Confederação Brasileira de Futebol vai atender, em 2015, a "quase todos" os pleitos do movimento Bom Senso FC, que pede, entre outras coisas, um calendário menos apertado e salários em dia. Pelo menos é o que garante o coordenador técnico da Seleção Brasileira, Carlos Alberto Parreira.

Ele declarou nesta terça-feira que a CBF está "tomando todas as precauções" para equacionar as demandas do movimento que reúne os jogadores de futebol.

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Uma reunião marcada para a tarde desta terça, na sede da CBF, conta com a cúpula da entidade, e representantes de federações e clubes para discutir o calendário de 2015. Não há previsão de participação de membros do Bom Senso. Parreira pontuou que poucas mudanças ocorrerão em 2014, devido à Copa do Mundo. No ano seguinte, no entanto, concessões serão feitas.

"A CBF está tomando todas as precauções, está em contato com clubes, federações. Muitas mudanças já estão sendo implementadas. Só que no próximo ano, devido à Copa do Mundo, é evidente que não vai ser possível realizar tudo. Para 2015, com certeza, quase todas serão atendidas. As medidas estão sendo tomadas, os contatos com as classes envolvidas estão sendo feitos", afirmou, durante o 10º Footecon, fórum internacional de futebol que acontece no Rio de Janeiro.

Questionado sobre o movimento, Parreira observou que sempre apoiou os pleitos do Bom Senso. De acordo com o técnico, qualquer treinador de futebol quer um calendário equilibrado, além de salários pagos em dia.

"Eu apoio o Bom Senso há 40 anos. Todos os técnicos de futebol querem o que o Bom Senso está pregando hoje. É tudo o que os treinadores querem, receber em dia, ter um calendário em que se possa jogar menos e com mais qualidade, férias de 30 dias, que já são regulamentadas pelo governo federal, teremos uma pré-temporada. Isso se fala há 40 anos", comentou.

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Secretário de Futebol e de Defesa dos Direitos do Torcedor, Toninho Nascimento argumentou que a discussão não pode ser elitizada, ou seja, ficar restrita apenas aos jogadores que disputam a Série A. Ele disse entender que a questao do calendário inchado é um problema. Acrescentou ainda que o Ministério do Esporte vem dialogando com todas as partes envolvidas para buscar um consenso nos debates.

"O fundamental nesta discussão toda é não elitizar, não tentar resolver só a questão da Série A. Ao mesmo tempo em que há clubes jogando muito, 20% a mais que a Europa, há clubes jogando nada aqui embaixo. Vemos com bons olhos uma discussão maior sobre o calendário. Talvez mudar, ou criar, como o Bom Senso está propondo, Série E. Criar mais séries, aumentar os jogos dos times pequenos, que realmente reduziu", declarou.

Fonte: Terra
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