A semifinal do Fluminense na Copa do Mundo de Clubes foi acompanhada por uma multidão nas Laranjeiras. Com os quase 5 mil ingressos esgotados, o evento na Casa Laranjeiras teve lotação máxima. Os torcedores que chegaram ao estádio tricolor foram recebidos com bandeirolas e faixas de mão nas cores do clube, que contribuíram para o visual marcante da arquibancada.
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Antes mesmo de a bola rolar nos Estados Unidos, o discurso nas arquibancadas do Rio era de orgulho e realização.
“A gente tá muito nervoso. Esse jogo tem uma responsabilidade muito grande. Chegar aqui já foi incrível. A gente espera que ganhe, mas se não ganhar, tá bom. A gente já chegou bem longe”, disse Clara Munhoz, desenhista.
A organização do evento investiu para aproximar o torcedor do clima da semifinal: fumaças coloridas nas cores do clube, telão de alta definição e barulho constante. Mas o Chelsea não deixou o torcedor aproveitar por muito tempo. Antes dos 10 minutos, Enzo Fernández já havia finalizado duas vezes. Aos 17, João Pedro — criado em Xerém — marcou o primeiro. O gesto contido de respeito ao clube formador provocou reações fortes nas arquibancadas.
“O gol do João Pedro doeu mais do que muita traição”, comentou um torcedor após o gesto do atacante.
O Fluminense reagiu com boas chances de Hércules e a marcação de um pênalti que seria posteriormente anulado pelo VAR. A torcida seguiu acreditando.
“Ele é o rei da América. Tenho certeza que Deus vai iluminar ele e o Cano vai virar pra gente”, disse Cristiano Teles, personal trainer e pai do pequeno Germán, de 9 meses, batizado em homenagem ao camisa 9 tricolor.
O segundo tempo trouxe mais tensão do que esperança. O Chelsea manteve o controle e João Pedro voltou a marcar. Mesmo com o placar adverso, o Fluminense não se entregou. Nas Laranjeiras, a resposta foi imediata: a torcida seguiu cantando e tremulando bandeiras.
O apito final não trouxe vaias, mas aplausos.
“Eu acreditei muito. O orgulho é muito grande. Valeu a pena sonhar até aqui. Independente de qualquer coisa, o Fluminense fez história”, disse Ana, jornalista.
Com a eliminação, o Fluminense encerra sua participação no Mundial com a certeza de que representou o futebol brasileiro com dignidade. A derrota por 2 a 0 para o Chelsea não apagou o valor do percurso.
Na saída, o sentimento comum entre os tricolores era o mesmo que ecoou das arquibancadas:
“O Fluminense não é gigante. Ele é enorme.”
E foi enorme o suficiente para entrar na história da Copa do Mundo FIFA de clubes.
