Justiça do DF torna Bruno Henrique, do Flamengo, réu por estelionato

3ª Turma Criminal do TJDFT acolheu e aprovou, por unanimidade, recurso proposto pelo Ministério Público

4 dez 2025 - 17h31
(atualizado às 19h41)
Resumo
Bruno Henrique, jogador do Flamengo, foi tornado réu por estelionato pela 3ª Turma Criminal do TJDFT, acusado de manipular um cartão amarelo para favorecer apostas esportivas, após recurso aprovado pelo Ministério Público.
Bruno Henrique, atacante do Flamengo, no duelo contra o Ceará, pela 37ª rodada do Brasileirão
Bruno Henrique, atacante do Flamengo, no duelo contra o Ceará, pela 37ª rodada do Brasileirão
Foto: DHAVID NORMANDO/CÓDIGO19/ESTADÃO CONTEÚDO

A 3ª Turma Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) tornou o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, réu por estelionato, nesta quinta-feira, 4. O jogador é acusado de forçar um cartão amarelo para favorecer apostas esportivas. 

No julgamento desta quinta, o colegiado acolheu e aprovou, por unanimidade, o recurso do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), apresentado após o TJDFT rejeitar o enquadramento no crime de estelionato. Até então, Bruno Henrique respondia apenas por fraude de competição esportiva

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O desembargador Demétrius Gomes, relator do recurso, divergiu da decisão anterior, assinada pelo juiz Fernando Brandini Barbagalo, que argumentou que não havia como enquadrar Bruno Henrique e os demais acusados no tipo penal de estelionato -- para tal, seria preciso que as vítimas, as casas de apostas, entrassem com representação judicial. 

Demétrius apontou que a Agência Internacional de Integridade de Apostas (Ibia, em inglês) foi quem notificou a suspeita de manipulação e que o órgão tem competência para representar as bets. 

O recurso do MPDFT foi parcialmente acolhido: originalmente, a Promotoria pedia um pagamento de fiança de R$ 2 milhões, o que acabou negado pelo órgão colegiado, sob a argumentação de que Bruno Henrique não apresenta risco de fuga. A defesa do jogador pede o arquivamento do processo. 

A pena para o crime de fraudar competição ou evento esportivo é de dois a seis meses de reclusão, de acordo com a Lei Geral do Esporte. Já o estelionato resulta em pena de um a cinco anos de prisão. Além de Bruno Henrique, outras oito pessoas respondem no caso, incluindo primos e o irmão do jogador, Wander Pinto Júnior. 

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O lance que gerou a ação contra Bruno Henrique e familiares aconteceu em uma partida entre Flamengo e Santos, pelo Campeonato Brasileiro de 2023, em que o atacante recebeu o cartão amarelo aos 50 minutos do segundo tempo. 

A advertência teria feito com que os parentes do jogador conseguissem realizar apostas com alta margem de retorno financeiro: Wander, por exemplo, teria apostado R$ 380,86 e recebido R$ 1.180,67. 

*Com informações de Estadão Conteúdo.

Fonte: Portal Terra
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