A invasão de torcedores no CT Joaquim Grava, no último sábado, continua sendo assunto no Corinthians. Por conta das cenas lamentáveis, o movimento Bom Senso FC está cogitando até uma greve na próxima rodada dos campeonatos estaduais por todo Brasil. Questionado sobre o assunto, o diretor de futebol alvinegro Ronaldo Ximenes deixou claro não ser contra a medida, mas garantiu que a paralisação não vai partir do clube. Ele também revelou que funcionários vão depor na polícia e que algumas imagens gravadas pelas câmeras internas foram perdidas.
"Não fomos comunicados sobre greve. Eles estão discutindo entre eles sobre a rodada. Quando a gente for avisado, falamos nisso. Mas se for tem que ser coletivo. Ir e paralisar a rodada. Aí tem o impacto que eles buscam. Não adianta você parar um clube em um jogo", disse ele.
Questionado sobre as investigações que a polícia e o Ministério Público estão fazendo sobre o caso, Ximenes revelou que já deixou claro que alguns funcionários terão de depor em breve. Entre eles até Paolo Guerrero, que teria sido esganado durante o tumulto.
"Relacionamos alguns funcionários que sofreram ameaças, outros que podem ter sido agredidos. No geral são funcionários do CT. Mas tem também membros da comissão técnica, inclusive o Paolo Guerrero", afirmou.
Por fim, o dirigente contou que algumas das 32 câmeras que monitoram todo o CT não gravaram imagens no momento da invasão dos marginais. Apesar de ter lamentado o fato, ele garantiu que o material que ficou em mãos do clube é mais que o suficiente para as investigações caminharem normalmente.
"É triste, mas ontem (segunda-feira) fomos buscar as imagens e identificamos que parte do material foi prejudicado. Mas nada que comprometa a investigação. Temos muitas câmeras e só algumas pararam de funcionar. Vamos colocar esse fato para a polícia, com perícia e tudo, para saber os motivos que fizeram os aparelhos pararem de funcionar. Se foi pane, se foi alguém... Qual o motivo real disso acontecer? Mas as imagens que temos são o suficiente para a polícia investigar", concluiu.