Wilson Martins Araújo começou na lida com animais logo cedo. Aos 11 anos, saiu de casa para trabalhar em fazenda. Já naquela época frequentava o "circo de touradas" - como se fosse as touradas espanholas, mas com um diferencial: são repletas de manobras radicais, como saltos por cima dos animais, manobras arriscadas segurando o bovino pelos chifres, dentre outras.
Ao ser demitido do serviço na fazenda, se interessou pela touradas. Queria ser toureiro. Com o tempo, Araújo aprendeu a fazer todos os movimentos citados no parágrafo anterior. Mas faltava alguma coisa.
Certa vez, foi convidado pelo dono do circo a montar uma tropa de cavalos. "Ele resolveu montar um tropa. Logo saí do circo e fui trabalhar com isso. Estou aqui no rodeio até hoje", conta. E fez sucesso. Apelidado de ¿Batata¿, Araújo é um caubói completo. Monta nas modalidade sela americana e no bareback.
No estilo cutiano, o peão natural de Herculândia (PR) ganhou 13 carros, uma caminhonete e 28 motos. Já foi finalista oito vezes do rodeio de Barretos (SP). Na capital do rodeio, foi campeão uma vez no bareback e duas na sela americana.
O sucesso e o dinheiro, no entanto, nunca o deixaram acomodar. "Quando o rodeio dá uma pausa, principalmente no fim de ano, trabalho pintado casas. Sou pintor profissional, embora ganhamos muito bem no rodeio, o dinheiro é sempre importante", explica o competidor de 44 anos, 26 deles nas arenas.
Além de tudo isso, Araújo já foi chamado de símbolo sexual pelos locutores. "Uma vez em Jaguariúna, colocaram 200 garotas na arena para eleger o peão mais bonito. Ganhei. Aí não teve jeito, o apelido pegou", diz.
