CBF traça armadilha para tirar Tite da Seleção

Técnico sofre campanha interna na confederação para deixar o cargo de técnico do Brasil

16 ago 2021 - 10h18
(atualizado às 10h26)

Tite divide opiniões quanto a seu trabalho na Seleção brasileira. Há muitos que o defendem e o aprovam e outros que preferiam não vê-lo no comando da equipe. Isso tudo faz parte do jogo. Mas, estranhamente, quando se fala em jogo na CBF nem sempre é o futebol em si que se apresenta. Há outros “jogos” que transitam pelos gabinetes da entidade e a respeito dos quais não existem regras.

Técnico Tite é alvo de manobra conjunta de Marco Polo Del Nero e Gustavo Feijó, que querem vê-lo fora da Seleção brasileira
Técnico Tite é alvo de manobra conjunta de Marco Polo Del Nero e Gustavo Feijó, que querem vê-lo fora da Seleção brasileira
Foto: Sergio Moraes / Reuters

Um deles tem como alvo o próprio Tite, seriamente ameaçado de perder seu cargo na Seleção brasileira, mesmo com seu saldo positivo até agora na equipe.

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Há poucos dias intensificou-se um processo de fritura de Tite na confederação, manobra arquitetada por Marco Polo Del Nero, banido do futebol pela Fifa em 2018 por acusações de corrupção, e um dos vices da CBF, Gustavo Feijó, alçado recentemente ao posto de dirigente das seleções (masculina, feminina e olímpica).

O Terra apurou que Del Nero, ao indicar Feijó para a nova tarefa, já tinha alinhavado com ele a primeira e mais importante estratégia: minar Tite, com interferências e críticas públicas a seu desempenho na Seleção, o que já vem sendo feito; esperar algum tropeço do time e criar um ambiente para forçar a sua saída.

Del Nero quer assim mandar um recado para o presidente Jair Bolsonaro de que a Seleção brasileira rumaria para o Mundial do Catar, em 2022, sem o atual treinador, que é visto com antipatia pelo chefe da Nação. Espera com isso não ser alvo do governo federal em suas manobras diárias de controle da CBF.

Ex-presidente da entidade, Del Nero determina de seu apartamento, na Barra, todos os passos que devem ser dados pelo presidente interino, coronel Antônio Nunes, que substitui Rogério Caboclo, afastado após ser acusado de assediar sexual e moralmente uma funcionária da CBF. Sem Tite, o banido quer deixar um recado para a Fifa e o futebol brasileiro: “bane tu, bani vós, mas eu continuo”.

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