A Indy chega para as 500 Milhas de Indianápolis com um cenário bastante equilibrado em termos de disputa de título. Como já é tradicional, vencedores diferentes marcam a categoria antes da tradicional prova que acontece no dia 29, que pela pontuação dobrada, tem o potencial de dar um panorama curioso para o restante do ano. O caos no misto de Indianápolis, no último sábado (14), virou praticamente um descarte para os principais candidatos.
Álex Palou, por exemplo, começou o ano chamando bastante atenção pela regularidade e por estar sempre andando na frente. No misto de Indianápolis, acabou errando sozinho nas condições mistas e se viu em um raro 18º lugar, resultado raro para um piloto que anda sempre em nível de campeão desde que foi para a Ganassi.
Josef Newgarden vive uma situação peculiar. É o único piloto da Indy em 2022 a vencer duas corridas, por ter faturado as provas do Texas e de Long Beach, mas fora isso, sequer chegou ao top-10 nas outras provas. No misto, foi vítima de uma fechada de Alexander Rossi e um toque de Jack Harvey que atrapalharam seu dia.
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Sensação da temporada, Scott McLaughlin também acabou tropeçando em Indianápolis. Tinha condições de chegar na frente e até vencer, mas foi um dos que apostou na errada estratégia de não trocar pneus na pista molhada, e amargou um 20º lugar doloroso.
No meio de tudo isso, o líder da Indy virou Will Power. Aos 41 anos, o australiano ainda não venceu em 2022 e nem teve cara de vencedor nos eventos até aqui, mas foi o único a estar no top-5 em todas as corridas do ano. Mesmo que não seja sustentável, o início de Will é um alívio merecido a um piloto que poderia estar mais presente nas brigas nos últimos anos, mas foi vítima dos seus próprios erros e muitos infortúnios.
Vencedores mais recentes, Pato O'Ward e Colton Herta ainda podem sonhar com a briga por título. Seus inícios de temporada não foram lá dos mais brilhantes, mas venceram corridas com potencial de recuperar confiança, e a Indy 500 serve como uma grande oportunidade para encurtar mais a diferença para os líderes.
Ainda há espaço até para Scott Dixon, que mesmo sem brilhar em 2022, foi ao top-10 em todas as provas disputadas. Para sonhar com o hepta, precisa fazer mais do que está fazendo ultimamente, mas ainda não é um nome a ser descartado.
De qualquer forma, o cenário chega equilibrado para a Indy 500, que além de colocar mais um nome na história, também vai separar quem é quem na briga pelo título a partir dos momentos que os candidatos chegarem em Detroit, uma semana depois.
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