A abertura do campeonato de 2025/26 da Formula E aconteceu no último sabádo (06), com o ePrix de São Paulo, que foi realizado no Sambodrómo do Anhembi. Com várias ações em pista ao longo do dia, o evento contou com o apoio da torcida e a vitória de Jake Dennis.
Durante a semana, muito se falou sobre como jovens pilotos estão olhando para a categoria elétrica com "mais carinho", com quase 150 corridas e se preparando para a entrada do GEN4, a Formula E vem evoluindo cada vez mais e sendo cada vez mais cobiçadas por nomes importantes da base da Fórmula 1.
Taylor Barnard foi um dos primeiros a quebrar essa barreira, apesar de Dan Ticktum também vir da Fórmula 2, acabou lidando com muitos carros ruins, o que apagou um pouco do brilho do britânico. Contudo, seu patriota teve uma temporada de estreia impressionante no ano passado, onde se tornou o piloto mais jovem a conseguir um pódio, aqui mesmo no Brasil.
Entre eles, Zane Maloney também veio pelo mesmo caminho, e neste ano, tivemos a estreia de Felipe Drugovich, campeão da F2, e Pepe Martí, visto como uma das maiores promessas da academia da Red Bull Racing.
Com a cobertura do Parabólica no ePrix de São Paulo, buscamos entender não só a visão dos próprios jovens e sua escolha de ingressar no grid da Formula E, mas também a de um veterano, embaixador da categoria no Brasil, Lucas Di Grassi, que está desde a primeira temporada da FE:
Olha, eu acho que o objetivo de qualquer piloto é ser um piloto profissional. Ser piloto profissional significa o que? Significa que você vai ser contratado e trabalhar e correr para ganhar a vida, para ganhar títulos, e para poder receber, para poder ter uma vida a partir de ser piloto de automobilismo. A Fórmula 1 só tem 20 válvulas e existem poucas categorias no mundo profissionais. O pessoal acha que a Fórmula 3, Fórmula 2, não, o pessoal paga para correr, não é que o pessoal recebe.
Então esse pulo da Fórmula 2 para a Fórmula E é um pulo muito grande, é um pulo do lugar onde você é o cliente para você ser o contratado. A Fórmula E hoje é a segunda categoria que mais paga bem os pilotos, depois da Fórmula 1. Então obviamente é natural que os pilotos queiram ir para a Fórmula 1. Mas a Fórmula E vêm crescendo, eu acho que os salários, a tendência é cada vez mais os salários se aproximarem e você tem, ao invés de 20 vagas, você vai ter 40 vagas.
Por isso eu ajudei a criar a Fórmula E lá atrás, era para aumentar as vagas. Quantos trabalhos, quantas oportunidades de trabalho foram criadas, inclusive o nosso aqui que a gente está fazendo, dentro de uma categoria. Então é isso que é o mais importante. Agora a categoria precisa crescer e a gente precisa mostrar que não é uma questão de opção B. Para chegar na Fórmula E e andar bem, você precisa, além de ter resultados bons na categoria de base, você precisa se dedicar muito.
O CEO da Formula E, Jeff Dodds, também comentou sobre o assunto e como ele vê a motivação da chegada de pilotos mais novos na categoria:
Eu acho que há duas razões para isso. Uma é, do ponto de vista do dinheiro, eles estão sendo bem pagos para entrar na Fórmula E. E, como sabemos, em outras categorias, você tem que pagar ou apoiar seu caminho em alguma sede. E a segunda coisa que eu diria é que eles podem ver o carro da GEN4 e ver a tecnologia e onde está indo. Então, muitos deles estão muito animados com a corrida e o tipo de tecnologia que está vindo na GEN4. O que vai ser muito, muito mais poderoso, muito mais rápido, para além de velocidade e muito mais rápida para a corrida.
A mistura de juventude e experiência tem trazido cada vez mais disputas e embates emocionantes na Fórmula E, que promete ter um grid ainda mais próximo durante a última temporada do GEN3 Evo, trilhando o caminho para a próxima geração de carros elétricos.