Empreender em dólar: EUA é o ambiente ideal para internacionalizar sua empresa

Com moeda forte, economia estável e cultura pró-negócios, os Estados Unidos seguem como a opção mais segura para empresas

3 nov 2025 - 06h09
Resumo
Empreender nos Estados Unidos representa uma estratégia segura e vantajosa para empresas brasileiras devido à estabilidade econômica, previsibilidade jurídica, incentivos fiscais e fortalecimento do dólar, sendo essencial o planejamento adequado para se adaptar ao mercado local.
Foto: Freepik

A abertura de empresas por estrangeiros nos Estados Unidos cresceu 12% em 2024, segundo o Departamento de Comércio. O dado reflete a consolidação do país como o principal destino para negócios que buscam previsibilidade jurídica e estabilidade cambial. Para Alfredo Trindade, economista e CEO da Ecco Planet Consulting, esse movimento demonstra uma mudança estratégica de empreendedores brasileiros. 

“Empreender nos Estados Unidos tem sido, para muitos empresários, mais do que uma opção de expansão. É uma forma de proteção contra volatilidades do ambiente de negócios local”, afirma.

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De acordo com a U.S. Bureau of Economic Analysis (BEA), os investimentos diretos estrangeiros nos Estados Unidos somaram US$ 151 bilhões em 2024, em aquisições, expansões e novas operações de negócios. O número reforça a posição do país como um dos mercados mais capitalizados do mundo. A Financial Times apontou que a participação dos EUA nos novos projetos internacionais cresceu de 11,6% para 14,3% no último ano, confirmando o fortalecimento da economia americana como polo global de atração de capital produtivo.

Para Trindade, o cenário não se explica apenas pela força do dólar, mas também pela previsibilidade institucional. “Nos EUA, o empreendedor sabe quais são as regras do jogo. Isso permite estruturar estratégias de médio e longo prazo com segurança”, avalia o executivo.

Vantagens competitivas para empresas estrangeiras

Entre os principais fatores que tornam o ambiente americano atrativo, especialistas apontam o sistema regulatório transparente, a estabilidade jurídica e os incentivos fiscais oferecidos por estados e municípios. O governo federal mantém políticas de estímulo ao investimento estrangeiro em setores estratégicos, como tecnologia, energia renovável e infraestrutura.

A U.S. Small Business Administration (SBA) destaca ainda que pequenas e médias empresas representam 99,9% do total de negócios no país, empregando quase metade da força de trabalho privada. “É um ambiente de consumo maduro, que valoriza a inovação e o serviço especializado. Isso cria oportunidades reais para empresas brasileiras que saibam se posicionar”, explica Trindade.

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Planejamento e adaptação cultural

Segundo a Ecco Planet Consulting, 70% das empresas brasileiras que fracassaram nos Estados Unidos iniciaram suas operações sem um estudo adequado de mercado e sem validar o produto junto ao público local. “O que funciona no Brasil não necessariamente terá aderência nos EUA. Questões como hábitos de consumo, linguagem e canais de distribuição precisam ser repensadas”, afirma Trindade.

O processo de internacionalização, ressalta o especialista, envolve também ajustes societários e fiscais, que variam conforme o estado escolhido. É necessário compreender as exigências locais de contabilidade, compliance e legislação trabalhista para evitar sanções e prejuízos.

Internacionalização como estratégia de diversificação

O fortalecimento do dólar frente ao real, aliado ao acesso facilitado a crédito e à estabilidade institucional, transformou a presença nos Estados Unidos em um escudo financeiro para muitas empresas brasileiras. “Empreender em dólar significa planejar em moeda forte, com maior previsibilidade de receitas e custos”, explica Trindade.

O movimento de internacionalização também tem efeito reputacional. Estar estabelecido nos EUA é visto como um selo de credibilidade e profissionalismo no mercado global. “A presença em solo americano reforça a imagem de solidez e abre portas para novos investidores e parcerias internacionais”, conclui o executivo.

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(*) Homework inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.

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