McDonald's e Renault anunciam saída da Rússia

A rede de fastfood terá uma despesa contábil de até 1,4 bilhão de dólares com a decisão

16 mai 2022 - 11h29
(atualizado às 17h58)

O McDonald's tornou-se nesta segunda-feira uma das maiores empresas globais a deixar a Rússia por causa da invasão à Ucrânia. A empresa anunciou planos para vender toda a sua rede no país, onde operava há mais de 30 anos.

A companhia possui cerca de 84% das quase 850 lojas McDonald's que operam na Rússia e terá uma despesa contábil de até 1,4 bilhão de dólares com a decisão. O McDonald's tinha decidido em março pelo fechamento de suas lojas no país, incluindo o icônico ponto da Praça Pushkin, no centro de Moscou. 

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"É impossível ignorar a crise humanitária causada pela guerra na Ucrânia", disse o presidente-executivo da companhia, Chris Kempczinski, em carta aos funcionários.  

Vladmir Putin durante reunião do governo nesta segunda-feira, 16, em Moscou.
Vladmir Putin durante reunião do governo nesta segunda-feira, 16, em Moscou.
Foto: Reuters

Embora a grande maioria dos pontos do McDonald's na Rússia esteja fechada, algumas lojas franqueadas permaneceram abertas. O McDonald's gerou cerca de 9%, ou 2 bilhões de dólares, de sua receita na Rússia e Ucrânia no ano passado.

O McDonald's disse que garantirá que seus 62 mil funcionários na Rússia continuem sendo pagos até o fechamento de qualquer transação e que tenham empregos futuros com qualquer comprador em potencial.

Renault

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A  montadora francesa Renault também anunciou que venderá sua participação majoritária na AvtoVAZ, maior fabricante de carros da Rússia, para a NAMI (Instituto Central de Pesquisa e Desenvolvimento de Automóveis e de Motores), um centro automotivo de pesquisa e desenvolvimento apoiado pelo governo russo.

Em comunicado, a Renault disse que a conclusão dos acordos não está sujeita a quaisquer condições e que todas as aprovações necessárias já foram obtidas. A Renault também confirmou que espera contabilizar encargos no primeiro semestre do ano referentes ao valor de seus ativos russos, que, segundo a empresa, valiam 2,2 bilhões de euros no fim do ano passado.

Com informações do Estadão Conteúdo. 

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