Ibovespa renova máxima de fechamento com apoio de bancos

28 out 2019 - 17h09
(atualizado às 17h42)

O principal índice da bolsa paulista fechou com novo recorde de pontos nesta segunda-feira, com a alta guiada principalmente por papéis de bancos e na esteira do otimismo dos mercados globais.

Bolsa de Valores de São Paulo 
25/07/2019
REUTERS/Amanda Perobelli
Bolsa de Valores de São Paulo 25/07/2019 REUTERS/Amanda Perobelli
Foto: Reuters

O Ibovespa subiu 0,77%, a 108.187,06 pontos. O volume financeiro da sessão somou 15,1 bilhões de reais.

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Os mercados globais repercutiram declaração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre assinar uma parte significativa do acordo comercial com a China antes do previsto, mas não deu detalhes sobre o cronograma.

O S&P 500 avançou 0,55%, também renovando sua máxima de fechamento, a 3.039,34 pontos.

Por aqui, o dólar caiu abaixo de 4 reais, experimentando os menores níveis desde meados de agosto.

Os investidores também reagiram ao resultado da eleição argentina, com Alberto Fernández, de esquerda, derrotando o presidente liberal Mauricio Macri com ampla vantagem.

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A Argentina segue como parceiro importante para o Brasil e o governo não discute dissolver o Mercosul, disse o secretário de Comércio Exterior, Lucas Ferraz. Isso após o presidente Jair Bolsonaro fez críticas ao presidente eleito e chegou a dizer que o país vizinho pode ser afastado do Mercosul.

"A vitória da chapa que une kirchnerismo e peronismo causa certa apreensão pela perspectiva de algumas reformas da argentina não irem para a frente ou diminuiam de intensidade", afirmou André Alírio, economista da Nova Futura Investimentos.

Do lado doméstico, o mercado reduziu mais as expectativas para a taxa básica de juros em 2020, com o grupo dos que mais acertam as previsões na pesquisa Focus vendo a Selic a 4%, em meio ao ciclo de afrouxamento do Banco Central.

O BC anuncia na quarta-feira a nova taxa básica de juros, com expectativa unânime em pesquisa da Reuters de corte de 0,5 ponto percentual, para nova mínima recorde de 5%. A queda dos juros aumenta a atratividade da renda variável, o que, segundo analistas, explica parte do rali da bolsa paulista neste ano.

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A sessão também foi marcada pela aprovação da União Europeia para o adiamento do Brexit, para 31 de janeiro de 2020. O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, confirmou o adiamento e fez um apelo ao bloco para que deixe claro que não poderá haver outra extensão do prazo.

DESTAQUES

- BRADESCO PN avançou 3,61%, ilustrando o bom desempenho do setor. ITAÚ UNIBANCO PN ganhou 1,36% e BANCO DO BRASIL ON subiu 2,22%, em semana de divulgação de resultados do setor.

- KLABIN recuou 1,2%. A empresa teve lucro líquido de 207 milhões de reais no terceiro trimestre, alta os 104 milhões obtido no mesmo período de 2018, apesar de queda no volume vendido e na receita líquida. O desempenho foi apoiado em crédito tributário extraordinário.

- HYPERA cedeu 0,43%. A farmacêutica divulgou na sexta-feira lucro líquido de 267,2 milhões de reais no terceiro trimestre, alta de 10,3% sobre um ano antes.

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- MAGAZINE LUIZA ON subiu 1,6%, após perder quase 4% nas três sessões anteriores. No setor, VIA VAREJO ganhou 0,94% e LOJAS AMERICANAS PN teve oscilação positiva de 0,05%.

- PETROBRAS ON e PETROBRAS PN avançaram 0,76% e 1,2%, respectivamente.

- GOL subiu 2,8%. O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, disse que o governo federal vai eliminar o adicional na tarifa de embarque para voos internacionais. No setor, AZUL PN ganhou 1,18%. As ações também encontraram suporte no movimento de queda do dólar, que fechou abaixo de 4 reais.

- VALE ON avançou 0,29%. A Samarco, joint venture da Vale com a BHP obteve aval para retomar operações no Brasil, suspensas desde um rompimento de barragem em 2015.

- Marcando suas estreias na bolsa, C&A subiu 3,09% e BMG UNT perdeu 0,86%.

- CCR ON recuou 0,53% na expectativa do balanço trimestral, que sai nesta noite.

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