FOCUS-Economistas veem inflação menor e redução da Selic em maio

2 abr 2018 - 10h14
(atualizado às 12h17)

Com visões cada vez mais fracas sobre a inflação, os economistas consultados pelo Banco Central passaram a ver mais um corte na taxa básica de juros neste ano, em meio às expectativas de crescimento econômico menor.

Logo do Banco Central na sede da instituição, em Brasília.  15/01/2014  REUTERS/Ueslei Marcelino
Logo do Banco Central na sede da instituição, em Brasília. 15/01/2014 REUTERS/Ueslei Marcelino
Foto: Reuters

Segundo pesquisa Focus do BC publicada nesta segunda-feira, as projeções são agora redução de 0,25 ponto percentual na reunião de maio do Comitê de Política Monetária (Copom), com a Selic permanecendo no patamar de 6,25 por cento até o final de 2018, sobre expectativa anterior de 6,5 por cento. Para 2019, as contas continuaram em 8,0 por cento.

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O Copom cortou a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual no mês passado e a levou à nova mínima histórica de 6,5 por cento, deixando claro que pretende reduzi-la mais uma vez em maio antes de encerrar o ciclo de flexibilização.

O fim do ciclo de afrouxamento monetário, que começou em outubro de 2016, após maio foi reforçado pelo presidente do BC, Ilan Goldfajn, afirmando que uma pausa no processo de cortes de juros parece "ser necessária".

O Top-5, grupo dos que mais acertam as previsões no Focus, já havia passado a ver a Selic a 6,25 por cento no final de 2018 e manteve essa expectativa neste levantamento, assim como a visão de que a Selic ficará em 8 por cento ao fim de 2019.

O cenário de inflação persistentemente fraca se mantém para os especialistas consultados, com as projeções para a alta do IPCA sendo reduzidas a 3,54 por cento e 4,08 por cento respectivamente em 2018 e 2019, sobre 3,57 e 4,10 por cento.

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As metas oficiais de inflação são de 4,5 por cento este ano e 4,25 por cento em 2019, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), a estimativa de crescimento deste ano caiu a 2,84 por cento, ante 2,89 por cento, permanecendo em 3 por cento para 2019.

(Edição de Claudia Violante e Patrícia Duarte)

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