Dólar sobe a R$ 5,43 com impasse Brasil-EUA e mercado de olho no Fed

Moeda norte-americana oscilou em uma faixa bastante estreita durante a maior parte do dia

8 ago 2025 - 17h14
(atualizado às 17h42)
Resumo
O dólar teve leve alta, fechando a R$ 5,43, em meio a incertezas no impasse comercial entre Brasil e EUA, enquanto investidores monitoram decisões econômicas e políticas globais.
Imagem ilustrativa de notas de dólar
17/07/2022
REUTERS/Dado Ruvic
Imagem ilustrativa de notas de dólar 17/07/2022 REUTERS/Dado Ruvic
Foto: Reuters

O dólar fechou em leve alta nesta sexta-feira, interrompendo uma sequência de cinco pregões seguidos de perdas, conforme os investidores ajustaram posições vendidas na moeda norte-americana em meio a incertezas sobre o impasse comercial entre Brasil e Estados Unidos.

O dólar à vista fechou em alta de 0,2%, a R$5,43415. Na semana, a moeda acumulou baixa de 2%.

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Às 17h20, na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,34%, a R$5,467 na venda.

O real oscilou em uma faixa bastante estreita durante a maior parte do dia, ganhando tração somente na última hora de negociação, quando o dólar passou a pressionar a moeda brasileira de forma mais significativa.

As perdas da divisa do Brasil ocorreram ao fim de uma semana positiva, com três sessões de altas acentuadas frente ao dólar, conforme investidores mostraram maior alívio diante das tentativas do governo brasileiro de negociar com Washington a tarifa de 50% imposta pelo presidente Donald Trump.

As expectativas estão em torno de conversa na próxima semana entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e do anúncio de um plano de contingência para ajudar empresas brasileiras atingidas pela tarifa de Trump.

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As apostas crescentes de que o Federal Reserve deve cortar a taxa de juros a partir de setembro também têm favorecido o real, além de outras moedas emergentes, principalmente por conta do elevado diferencial de juros entre Brasil e EUA, com a taxa Selic agora em 15%.

"Mercado está em um ponto de muita dúvida e os investidores estão reticentes em vender o real por conta do 'carry trade'. Ainda estão com apetite por risco e dispostos a fazer o dinheiro trabalhar, com o Brasil sendo um atrativo", disse João Piccioni, CIO da Empiricus Asset.

Na cotação máxima do dia, o dólar atingiu R$5,44261 (+0,35%), já na última hora de negociação. A mínima do pregão, a R$5,4152 (-0,35%), foi atingida às 10h37.

No cenário externo, os agentes financeiros também acompanham a perspectiva para a guerra entre Ucrânia e Rússia, à medida que Trump e sua equipe trabalham ativamente para tentar alcançar uma resolução ao conflito.

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Autoridades russas e norte-americanas já indicaram que pode haver um encontro entre Trump e o presidente russo, Vladimir Putin, na próxima semana, o que seria um ponto de atenção relevante para os mercados globais.

O índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- subia 0,32%, a 98,287.

Pela manhã, o Banco Central vendeu 35.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1º de setembro de 2025.

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