Dólar opera sem sinal único frente a rivais, mas perde força após Mnuchin

17 jan 2019 - 19h36

O dólar não apresentou sinal único frente a outras moedas fortes nesta quinta-feira, 17, mas perdeu força de forma geral entre elas depois que fontes afirmaram à Dow Jones Newswires que o secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, teria proposto acabar com as tarifas comerciais à China para chegar a um acordo entre os dois países.

No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 109,22 ienes, enquanto o euro tinha queda a US$ 1,1391 e a libra avançava a US$ 1,2979.

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Já no fim da tarde, fontes revelaram que Mnuchin propôs retirar tarifas comerciais impostas à China, na tentativa de se aproximar de um acordo com a potência asiática. Ele enfrenta, segundo as pessoas ouvidas, resistência do representante comercial, Robert Lighthizer, que assim como o secretário americano integra a deleção que lidera as tratativas.

A informação, que poderia sinalizar a disposição dos EUA a concessões mais profundas para pôr fim à batalha comercial, elevou o apetite por risco nos mercados internacionais e o dólar, que não mostrava sinal único, foi desfavorecido, apesar da negação do Departamento do Tesouro sobre as afirmações.

"Não pode haver dúvida de que existem divisões entre os 'linha dura' e aqueles mais favoráveis ao comércio, e Mnuchin está no segundo campo. A ideia pode estar sendo debatida. O quão aguçado o presidente dos EUA, Donald Trump, é para levantar o mercado de ações pode ser crucial", apontam analistas da Continuum Economics.

A avaliação se dá em um contexto em que, de acordo com as mesmas fontes, Trump, que costumava apoiar Lighthizer em relação às tarifas comerciais, agora pressiona o representante comercial para que ceda em benefício de um acordo. O líder republicano já afirmou mais de uma vez que a recente volatilidade observada nos mercados no país terminaria assim que seu governo selasse pactos comerciais, como com a China.

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Frente ao euro, que já vinha sob pressão em meio às incertezas com o Brexit no Reino Unido, onde a primeira-ministra britânica, Theresa May, tenta renegociar seu pacto após uma derrota por margem história no Parlamento, o dólar chegou a cair, mas voltou a operar em alta instantes após as novidades sobre a disputa sino-americana. Já em relação à libra, a divisa americana ampliou os ganhos naquele momento.

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