Dólar cai pela 4ª semana seguida e se mantém abaixo de R$ 3

Na máxima desta sessão, o dólar chegou a subir 0,36%, a R$ 2,9924, e na mínima recuou 0,94%, a R$ 2,9534

24 abr 2015 - 18h01
26/03/2015.
26/03/2015.
Foto: Gary Cameron / Reuters

O dólar caiu nesta sexta-feira (24), em linha com o mercado externo, e encerrou a quarta semana seguida em baixa, em meio a um cenário político local mais favorável e com indicadores econômicos dos Estados Unidos ainda fracos.

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A moeda americana fechou em queda de 0,89%, a R$ 2,9550 na venda nesta sexta-feira, após fechar a sessão anterior abaixo dos R$ 3 pela primeira vez desde 4 de março. Na semana, o dólar acumulou perda de 2,84%. Segundo dados da BM&FBovespa, o giro financeiro ficou em torno de US$ 771 milhões (aproximadamente R$ 2,3 bilhões).

A moeda americana permaneceu perto da estabilidade durante a maior parte da manhã, firmando-se em terreno negativo na parte da tarde acompanhando o movimento de queda no exterior.

Na máxima desta sessão, o dólar chegou a subir 0,36%, a R$ 2,9924, e na mínima recuou 0,94%, a R$ 2,9534.

No cenário externo, a desvalorização da moeda americana, de cerca de 0,3% ante uma cesta de moedas, era amparada pelo dado fraco de encomendas das indústrias dos EUA. As encomendas de bens de capital, excluindo o setor de defesa e aeronaves, caíram 0,5% no mês passado após queda revisada de 2,2% em fevereiro, que foi o maior recuo desde julho de 2013.

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"Foi mais um indicador ruim de atividade nos Estados Unidos", disse o economista da Tendências Consultoria, Silvio Campos Neto, acrescentando que o dado mais fraco consolida a expectativa de que o banco central americano vai manter um comunicado de política monetária mais expansionista na reunião da próxima semana.

Na últimas quatro semanas, a queda do dólar ante o real foi influenciada por uma série de indicadores econômicos mostrando uma lenta recuperação nos EUA, o que poderia levar o Federal Reserve a adiar o início do processo de elevação da taxa de juros nos EUA, e por um cenário político local mais tranquilo.

"Ainda pode haver turbulências com as votações de medidas no Congresso, mas as sinalizações de que o governo está engajado em mudanças, principalmente no ajuste fiscal, foram favoráveis", disse Campos Neto.

Nesta manhã, o BC brasileiro vendeu a oferta integral de até 10,6 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 4 de maio, equivalentes a US$ 10,115 bilhões. Até o momento, a autoridade monetária já rolou cerca de 81% do lote total.

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