Alckmin diz que plano contra tarifaço será divulgado na próxima semana e nega retaliação aos EUA

Medidas de socorro do governo miram empresas que mais exportam para o mercado americano e foram afetadas por medida de Trump

9 ago 2025 - 13h41
(atualizado às 13h45)
Resumo
Alckmin afirmou que o plano do governo para mitigar os efeitos do tarifaço dos EUA será anunciado na próxima semana, com foco em apoio às empresas exportadoras, sem intenção de retaliação.

O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) voltou a dizer neste sábado, 9, que o plano de contingência do governo Lula para mitigar os efeitos do tarifaço imposto pelos Estados Unidos ao Brasil deve ser anunciado no início da próxima semana. As medidas terão como foco as empresas que mais exportam para o mercado americano.

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Alckmin destacou que a prioridade do Executivo não é retaliar os Estados Unidos, mas ampliar o número de setores excluídos da tarifa de 50% decretada por Donald Trump.

"A prioridade não é retaliar. A prioridade é resolver, ampliar o número de setores excluídos, que fiquem fora dessa questão da tarifa que entendemos extremamente injusta", disse Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

Vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin admite 'reserva' em negociação do governo brasileiro por 'tarifaço' dos EUA
Vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin admite 'reserva' em negociação do governo brasileiro por 'tarifaço' dos EUA
Foto: Júlio César Silva/MDIC

Entre as 694 isenções da tarifa, estão alguns dos itens mais importantes da pauta de exportações brasileira para os Estados Unidos, como o suco de laranja, celulose e os aviões da Embraer. Mas outros produtos importantes, como café e carne, seguem tarifados.

"Aliás, com base jurídica totalmente fraca. Não posso fazer política regulatória baseada em questões de natureza política partidária", disse o vice-presidente à imprensa durante visita à concessionária Guará Motor, em Guaratinguetá, no interior de São Paulo.

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Ele reforçou que, na avaliação do governo, o aumento de tarifas é um caminho equivocado que penaliza principalmente a população. "Quando se aumenta a tarifa, quem paga é o consumidor. É o governo que paga, é o consumidor que acaba pagando", acrescentou.

"Entendemos que é um perde-perde. Devemos ir para um ganha-ganha. Ou seja, aumentar o fluxo de comércio, aumentar a exportação, complementaridade econômica."

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