Abic pede ação de indústrias de café do Brasil diante de disparada no preço

28 jul 2021 - 16h29

A Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) indicou em comunicado enviado a associados que estes precisam se posicionar junto ao varejo diante da alta da commodity, citando uma disparada no valor pago pela matéria-prima ao longo deste ano, em momento em que o registro de fortes geadas afeta as perspectivas de produção de café no Brasil.

Saca de café em armazém em Santos (SP) 
10/12/2015
REUTERS/Paulo Whitaker
Saca de café em armazém em Santos (SP) 10/12/2015 REUTERS/Paulo Whitaker
Foto: Reuters

A nota, cujo teor foi confirmado pela entidade à Reuters nesta quarta-feira, afirma que a indústria do café enfrenta alta média de 82% no valor pago pela matéria-prima entre dezembro de 2020 e julho de 2021, enquanto nas prateleiras o reajuste médio do produto seria de 15,9%.

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Segundo a Abic, o posicionamento de associados junto ao varejo deve levar em conta a sustentabilidade do negócio, "mesmo que momentaneamente exija sacrifício no faturamento".

"Algumas empresas, inclusive as líderes de mercado, já se pronunciaram e estão divulgando seus reajustes", disse a Abic aos associados.

"A entidade convoca a todos a revisar seus custos, montar sua estratégia e com coragem apoiarem esta iniciativa, pois, sem reajuste, a viabilidade do negócio ficará muito comprometida."

Números do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) indicam que apenas em julho o preço do café arábica em São Paulo já subiu 25%, diante dos impactos das geadas à produção brasileira.

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