A atriz e apresentadora Carolina Ferraz revelou neste domingo, 27, durante o Domingo Espetacular, da TV Record, que foi vítima de perseguição por cerca de cinco anos por uma mulher russa. A stalker chegou a invadir sets de gravação, fez ameaças e tornou-se cada vez mais agressiva, mesmo após medidas legais e a atuação da Interpol.
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"Quando aconteceu eu tinha uma filha pequena. Essa pessoa começou me mandando uma série de cartas e, cada vez mais, eram mais cartas. Não era uma pessoa brasileira, era de outro lugar, russa. Ela chegou a invadir o set de gravação duas vezes, em uma delas ela tentou me atacar. As pessoas conseguiram impedir que isso chegasse a um nível mais grave. Aí, eu consegui uma medida protetiva contra a pessoa", contou.
Segundo a própria apresentadora, com ajuda da Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal), ela conseguiu que essa pessoa não pudesse mais entrar em território brasileiro, mas mesmo assim ela conseguiu entrar, descobriu o endereço de Carolina e foi se tornando cada vez mais agressiva.
"Nas cartas ela falava que 'ou eu seria dela ou não seria de ninguém'. As ameaças ficaram cada vez mais graves. Até que um dia ela foi presa e consegui viver a minha vida normalmente. As autoridades não estão prontas para lidar com isso. Esse assunto ainda não é levado a sério. Lidam como se fosse uma frescura. Como se não fosse tão grave. Mas é sim. No meu caso foi uma experiência terrível", revelou.
A confissão aconteceu após uma reportagem de cerca de 10 minutos do telejornal que comentava sobre experiências similares que aconteceram com diversas pessoas no Brasil.
A lei 14.132 de 31 de março de 2021 acrescentou o art. 147-A ao Código Penal para prever o crime de perseguição/stalking. A pena prevista é de reclusão, de seis meses a dois anos, e multa. Acondenação pode ser aumentada pela metade se o crime for cometido contra criança, adolescente, idoso ou mulher.