“Amei o que fiz. Fui inteira, corpo e alma. Mas continuar seria me violentar. E há um amor que também sabe parar, com respeito e verdade.”
Com essa verdade pessoal admirável, a repórter Adriana Oliveira comunicou a saída da afiliada da Globo em Salvador.
“Foram 25 anos e 6 meses na Rede Bahia, mais da metade dos meus 51 anos de vida. Mais da metade de mim.”
A jornalista que se tornou um dos rostos mais conhecidos de seu estado explicou a decisão de se retirar da frente das câmeras.
“Hoje, sei com a serenidade que só o tempo traz, (terapia tbm) que meu ciclo no jornalismo de TV se encerrou”, postou.
“Me despeço dos factuais, da violência, do carnaval… com um alívio profundo e um coração cheio de memórias.”
A maturidade, o recomeço
Adriana Oliveira não é uma exceção. Outras jornalistas se reinventaram longe da TV após os 50 anos. Entre elas, Giovana Teles e Giuliana Morrone, da Globo em Brasília.
A busca por plenitude e mais tempo livre fazem parte dos motivos que levam algumas veteranas a deixar grandes emissoras.
As que decidem continuar enfrentam o etarismo em razão das marcas do tempo no rosto. Uma pressão por aparência jovial que não afeta os homens no telejornalismo.