Para não virar Band, SBT diz não para disputa bilionária na TV e mantém pés no chão

5 set 2024 - 15h15

A Band tem vivido um verdadeiro drama desde a revelação de sua dívida na casa de R$ 1,5 bilhão e a dificuldade de honrar com os seus compromissos, como no caso da Fórmula 1. E o que o SBT tem com isso? O RD1 explica.

Daniela Beyruti é CEO do SBT; canal de Silvio Santos diz não para leilão bilionário na TV
Daniela Beyruti é CEO do SBT; canal de Silvio Santos diz não para leilão bilionário na TV
Foto: Reprodução / SBT / RD1

O canal paulista tem sido alvo de críticas pela forma como deixou a disputa pelos direitos de exibição do Campeonato Brasileiro. A emissora estava em negociação com a LFU (Liga Forte União) para a compra de 38 jogos exclusivos no valor de R$ 520 milhões por ano, totalizando R$ 2,6 bi até o fim do contrato.

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Daniela Beyruti, CEO do SBT e filha número 3 de Silvio Santos, deixou a briga depois que percebeu o desejo da Liga Forte União em transformar a negociação numa espécie de leilão com outras emissoras.

A Record garantiu o contrato por três temporadas, de 2025 a 2027, em valores que podem ultrapassar a barreria de meio milhão de reais por ano, valor semelhante ao que foi proposto pelo SBT.

A decisão do canal da família Abravanel partiu da vontade de investir verdadeiramente no esporte na TV aberta, mas com os pés no chão e a certeza de que o compromisso feito hoje será cumprido amanhã.

Band enfrenta crise com a Fórmula 1

Em 2022, a Band distribuiu no mercado seis cotas de patrocínio no valor de R$ 351,1 milhões pela Fórula 1. A emissora ofereceu mais de 1.000 inserções publicitárias ao longo do ano, na TV aberta, TV fechada e rádios.

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No mesmo ano, a Globo vendeu sete cotas para o Brasileirão na TV aberta pela quantia de R$ 310 milhões. A Band, na verdade, aumentou o preço para melhorar o valor final na negociação com as marcas interessadas. 

O início da parceria entre Band e iberty Media rendeu frutos, com arrecadações acima de R$ 100 milhões, mas as últimas temporadas foram difíceis por uma série de razões reveladas pelo RD1.

A emissora da família Saad se perdeu no meio do caminho, não consegue encontrar uma maneira de reverter a má relação com a Fórmula 1 e abriu margem para a volta da categoria na programação da Globo em 2025.

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