Rosana continua se recusando a comer e se isola completamente no quarto, mergulhada em um abismo de tristeza e desespero. Os dias passam lentamente, e o quarto, antes iluminado, agora parece um reflexo de seu estado de espírito: silencioso, escuro e sufocante. As tentativas da família de ajudá-la se tornam cada vez mais frustrantes. Leonora insiste em levar comida à irmã, mas Angélica, já sem paciência com a situação, perde o controle e a proíbe de continuar insistindo. Ela acredita que apenas uma atitude firme poderá fazer Rosana reagir.
Gumercindo, por sua vez, assiste impotente ao sofrimento da filha. O patriarca, acostumado a resolver tudo com autoridade e trabalho duro, sente-se completamente desarmado diante da fragilidade de Rosana. A culpa o consome — ele se culpa por suas decisões passadas, por ter pressionado demais, por não ter conseguido proteger a filha da dor. Cada vez que passa pela porta do quarto e ouve o silêncio que vem de dentro, o coração dele parece apertar ainda mais.
Enquanto o ambiente na fazenda se enche de tensão, Augusto decide revelar uma verdade amarga ao sogro. Em uma conversa tensa, ele confessa que perdeu todo o carregamento de café do pai, mercadoria que havia sido usada como garantia para quitar uma dívida mal resolvida. A revelação cai como uma bomba sobre Gumercindo, que já enfrenta tantos problemas dentro de casa. O peso das dificuldades financeiras se soma à dor emocional da família, e o fazendeiro começa a perceber que o destino parece querer testar sua resistência ao limite.
Longe dali, Matteo e Giuliana seguem em sua jornada de recomeço. Exaustos após caminharem o dia inteiro, encontram abrigo em uma pensão simples, um lugar modesto, mas acolhedor o suficiente para quem passou dias enfrentando o desconhecido. O casal, faminto e debilitado, compartilha uma refeição modesta — talvez o pão e o vinho tenham um sabor especial, não pela fartura, mas pela esperança que carregam. Entre olhares cansados e sorrisos tímidos, os dois tentam encontrar forças para continuar lutando por um futuro digno e, quem sabe, mais tranquilo.
Enquanto o amor e a esperança se renovam nesse pequeno refúgio, em outro ponto da cidade a tensão cresce. Francesco e Marco Antonio decidem procurar a polícia em busca de respostas, determinados a encontrar Matteo. Contudo, Damião, percebendo o perigo que essa decisão pode trazer, intervém e os convence a voltar para casa. Ele explica que há algo importante que precisa ser dito — algo que pode mudar completamente a forma como todos veem a situação.
Em seguida, Damião chama Tiziu, o jovem que trabalha nas redondezas da fazenda. Nervoso, Tiziu conta o que viu: Matteo foi visto rondando a casa dos patrões. Mais do que isso, ele confessa que Giuliana o mandou até a fazenda de Gumercindo com um pedido — queria que Matteo conhecesse o filho que tiveram. A revelação é chocante. O ar parece ficar pesado. Francesco tenta conter a tensão, mas Marco Antonio perde completamente o controle.
Furioso, ele sente o orgulho ferido e o ciúme tomar conta de seu coração. Para ele, o gesto de Giuliana é uma traição imperdoável. Em um rompante de raiva, promete se vingar de Matteo, jurando que o italiano pagará caro por ter cruzado novamente seu caminho.
Enquanto isso, na fazenda, o sofrimento de Rosana chega ao limite. Em crise, ela ameaça tirar a própria vida caso Matteo não volte para ela. O desespero é tanto que nem o choro do filho parece tocá-la. O bebê, inocente, chora sem parar, como se sentisse o peso da dor que paira sobre a mãe. Gumercindo, já cansado da situação e abalado pelos problemas financeiros e familiares, ordena que Maria do Socorro cuide da criança.
Angélica, tentando aliviar a tensão, tenta intervir e oferecer ajuda, mas a convivência entre todos está desgastada. O clima se torna ainda mais tenso quando Maria do Socorro, com firmeza e compaixão, avisa que, se Rosana continuar rejeitando o filho, pedirá ao marido que leve o bebê embora da fazenda. A notícia cai como um golpe devastador. Rosana, em choque, finalmente parece perceber o tamanho do abismo em que está mergulhada — mas ainda é incerto se encontrará forças para reagir antes que seja tarde demais.
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