A contratação de Daniela Lima pelo UOL encerra 44 dias de expectativa a respeito do futuro da apresentadora após ser demitida da GloboNews.
Inesperado, o desligamento gerou boatos que prejudicaram a jornalista. Espalhou-se pela web o boato de que o motivo seria uma proximidade inadequada com fontes de Brasília ou militância à esquerda diante das câmeras.
A direção da GloboNews deveria ter tido mais cuidado para evitar que a apresentadora acabasse com a imagem ‘queimada’ pelo implacável tribunal da internet.
Há expectativa de que Daniela Lima exerça o inquestionável talento como âncora (eventuais exageros, apontados pela coluna em posts antigos, podem ser amenizados) no canal do UOL na TV paga.
Internet, a casa dos sem-TV
Outros apresentadores do jornalismo se estabeleceram em plataformas digitais após a demissão.
É o caso do ex-âncora do ‘Bom Dia São Paulo’ Rodrigo Bocardi. Sete meses depois de perder o emprego na Globo, ele transformou seu perfil no Instagram, com mais de 1 milhão de seguidores, na Boca TV, uma página de notícias focada em denúncias de problemas que afetam o bem-estar dos cidadãos.
Dispensada em junho da CNN Brasil, onde fazia análises políticas e comandava o programa ‘O Grande Debate’, Basília Rodrigues também passou a trabalhar com o Instagram, onde criou o ‘Basília Rodrigues Recebe’.
Levou para seu perfil o formato de duelo de opiniões que conduzia na televisão, com a participação de parlamentares influentes, além de fazer entrevistas com especialistas do universo jurídico e da comunicação, a exemplo do veterano Boris Casoy.
A lista de jornalistas de TV que se reinventam na web inclui também Chico Pinheiro (ex-Globo, agora no ICL Notícias), Eduardo Tchao (ex-Globo, com canal próprio no YouTube) e Sergio Aguiar (ex-Record, à frente do podcast ‘Modo Corrida’), entre outros profissionais que ficaram famosos pela exposição no vídeo.