A repercussão das declarações de Zezé Di Camargo contra as filhas de Silvio Santos ganhou um novo desdobramento com a manifestação da primeira-dama Janja. A polêmica surgiu após a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no evento de lançamento do SBT News, episódio que levou o cantor a usar termos ofensivos para criticar a decisão da emissora. As falas rapidamente provocaram reações nas redes sociais e no meio político.
Em uma publicação, Janja classificou o ataque como reflexo direto de "machismo e misoginia", ressaltando que esse tipo de discurso ultrapassa o campo da opinião. Para ela, declarações desse teor atingem mulheres de forma ampla, já que "ferem moral e fisicamente" e reforçam a hostilidade contra a presença feminina em espaços de decisão e visibilidade pública.
"Falar que as filhas de Silvio estão "prostituindo" ao convidar e dar voz ao presidente e demais autoridades no evento do SBT News, reflete todo o machismo e a misoginia presentes no pensamento e nas ações de homens que seguem desrespeitando a presença de mulheres em espaços de poder, alimentando discursos de ódio contra nós", escreveu Janja.
A primeira-dama também saiu em defesa do SBT News, elogiando a proposta editorial do canal e afirmando que a iniciativa contribui para um "jornalismo cada vez mais sólido e plural". Ao mencionar Silvio Santos, ela lembrou que o comunicador "sempre prezou por um espaço democrático", aberto ao diálogo entre diferentes visões e instituições.
O evento de lançamento contou com autoridades de distintos espectros políticos, além de Lula, como Geraldo Alckmin, Alexandre de Moraes, Tarcísio de Freitas e Ricardo Nunes. Ao encerrar sua manifestação, Janja reforçou que dar voz a diferentes representantes não significa alinhamento, mas respeito ao princípio básico da democracia e da informação responsável.