A ESPN celebra o sucesso de João Fonseca no tênis, impulsionando novos públicos e receitas, enquanto aposta nos especialistas da casa para manter o engajamento durante a Copa do Mundo de 2026, mesmo sem os direitos de transmissão.
O Brasil vive um momento mágico no tênis com a ascensão meteórica de João Fonseca no circuito profissional. Vitórias surpreendentes do atleta carioca contra nomes consolidados no esporte e títulos como o ATP 500 da Basileia, por exemplo, têm impactado diretamente no canal que transmite a modalidade: a ESPN.
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Durante o Upfront da Disney, evento em que a marca anuncia suas novidades para o próximo ano, o head Ad Sales & Sports da ESPN, Fernando Lapa, destacou o sucesso comercial do tênis desde o ano passado, com Bia Haddad Maia
“Esse ano já tivemos um pouco desse gostinho de ter o sucesso do João Fonseca. No ano passado, na verdade, a gente já tinha tido um pouco esse movimento com a Bia Haddad. Foi o primeiro ano que a gente foi sold out comercial. Esse ano a gente vendeu todas as cotas de novo”, diz o executivo em conversa com o Terra.
Com o sucesso do tênis brasileiro nos circuitos masculino e feminino, as plataformas da ESPN e Disney passaram a receber um público de fãs menos atentos aos detalhes do tênis. A chegada dos ‘curiosos’ faz com que as transmissões
“O brasileiro gosta de ver brasileiro. O João Fonseca está trazendo um público que não era nativo do tênis. Ele está aumentando esse interesse pelo tênis, o que ajuda as marcas também a se comunicar com esse público. Quando você tem um público novo, sobretudo um público mais jovem no streaming, um público diferente que chega pelas redes sociais, a gente precisa se comunicar de forma diferente com esse público, mas sempre respeitando a linguagem do tênis. É uma responsabilidade muito grande da ESPN de se comunicar da forma correta com esse novo público. Não dá para a gente usar termos que são muito corriqueiros no tênis para esse público novo”, explica.
Diante do novo momento do tênis, Lapa reforça a diferença entre os públicos da ESPN na televisão e nas plataformas digitais do grupo.
“Em geral, o streaming traz um público um pouco mais jovem e um pouco mais equilibrado, homem e mulher, a gente pensa nisso também. A gente pensa sempre nesse potencial de um novo público. Quando a gente fala da TV, a gente está falando de um público que é um pouco mais heavy user. E no social é quem quer participar dessa conversa”, salienta o executivo.
Em meio ao crescimento do tênis no Brasil, a ESPN e o Disney + terão a missão de segurar o público durante a próxima Copa do Mundo, mesmo sem os direitos de transmissão da competição.
A transmissão de Wimbledon e de outras modalidades durante o Mundial é um ponto positivo para o canal no período. O principal, porém, é a aposta no conhecimento de seus comentaristas em futebol internacional.
“Uma coisa que é muito importante é que a gente tem um time de talentos muito gabaritado, que se aprofunda em futebol europeu, em futebol internacional o ano inteiro. Os nossos talentos são especialistas nesses jogadores que estarão na Copa do Mundo. A gente consegue fazer uma cobertura muito profunda. A gente vai ter, obviamente, um time in loco. A gente vai ter alguns produtos especiais e específicos para a Copa do Mundo”, completa Lapa.
