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Quem são as repórteres demitidas pela Globo que deram a volta por cima 

Jornalistas souberam se reinventar fora da TV e agora têm mais liberdade para produzir conteúdo

21 mar 2024 - 11h41

Receber um comunicado de demissão gera surpresa, revolta, insegurança. Pode ser pior ainda quando se trabalha na principal empresa de comunicação do país. De repente, perde-se o ‘emprego dos sonhos’ que representava o auge da carreira. E agora, o que fazer fora da poderosa Globo? 

Nos últimos anos, centenas de profissionais se viram nesta situação. Entre eles, vários apresentadores e repórteres. Alguns não esperavam convites de outros canais. Foram à luta na internet, espaço adequado a quem deseja experimentar, ousar, fazer o que a televisão não permite. 

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Demitida em abril de 2023 após 25 anos na reportagem da Globo, Flávia Jannuzzi classificou a saída da empresa como “traumática”. Reclamou da maneira “fria” como aconteceu. Disse ter dedicado sua vida à emissora. 

Sete meses depois, ela lançou o podcast ‘Jannuzzi & Abuzze’, um trocadilho com seu sobrenome italiano e a expressão ‘use e abuse’. Está disponível no YouTube e em plataformas como Spotify e Deezer. A jornalista apelidou seus espectadores/ouvintes de “abuzzetes”. 

Teve conversas descontraídas com os colegas Edney Silvestre (também demitido pela Globo) e Aline Pacheco (ex-Record Rio), a influenciadora de etiqueta Fernanda Britto, a porta-bandeira Selminha Sorriso e o comentarista de Carnaval Milton Cunha, entre outros convidados.

Flávia Jannuzzi, Thais Itaqui e Lívia Torres na época em que batiam cartão no jornalismo da Globo
Flávia Jannuzzi, Thais Itaqui e Lívia Torres na época em que batiam cartão no jornalismo da Globo
Foto: Reproduções/TV

Em julho do ano passado, Lívia Torres foi demitida do Esporte da Globo após 14 anos. O motivo: ter apresentado o sorteio da semifinal da Copa do Brasil para a CBF. O canal carioca não permite que seus jornalistas realizem trabalhos remunerados para outras companhias. 

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Sem perder tempo, a repórter fez do limão uma limonada. Assumiu a função de mestre-de-cerimônias. Já conduziu eventos para grandes empresas, como a mineradora Vale, e comandou a cerimônia do prêmio Suderj de inclusão no esporte. 

Além disso, Lívia dá treinamento de comunicação e apresenta um boletim em vídeo, o ‘Ocitocina News’, para a plataforma Razões para Acreditar, onde comenta notícias positivas com viés motivacional.

As jornalistas se recuperaram do baque pela demissão na Globo e se tornaram produtoras de conteúdo
Foto: Reproduções/YouTube/Instagram

Quem também se estabeleceu na web depois da dispensa da Globo é Thais Itaqui, conhecida por reportagens no ‘Profissão Repórter’ e transmissões ao vivo em telejornais da GloboNews. Foram 16 anos no grupo da família Marinho. 

Definindo-se como ativista em Sustentabilidade Humana, a jornalista criou o podcast ‘A Gente Por Dentro’, no qual conversa a respeito de saúde mental, filosofia, qualidade de vida e temas relacionados.  

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A primeira temporada está no ar em plataformas como Amazon Music e Apple Podcast. Entre os entrevistados, a apresentadora Maria Beltrão, do ‘É de Casa’, e a atriz Mayana Neiva. 

Thais também conduz sessões de imersão onde os alunos discutem “quem somos, onde estamos e pra onde queremos ir” por meio de dinâmicas em grupo. No ramo das palestras, a repórter participou de uma edição do prestigiado ‘TEDx’ em fevereiro. 

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