A jornalista Theresa Walcacer, pioneira na televisão brasileira e com passagens marcantes pelo Jornal Nacional, Jornal Hoje e Globo Repórter, faleceu aos 81 anos na madrugada desta quinta-feira (9), em sua residência na zona sul do Rio de Janeiro. Embora enfrentasse problemas cardíacos, a causa oficial da morte não foi divulgada.
Nascida em 1944 em Manhumirim, Minas Gerais, Theresa iniciou sua trajetória na Globo em 1971, começando como pesquisadora. Ela própria relembrou: "Eu vim para a Globo no dia 1º de julho de 1971, para um pequeno departamento de pesquisa do Jornalismo. Era um mezanino no final do corredor do 3º andar. Havia uma pilha de pequenos rolos de filme, aquele óptico, negativo com óptico. E eu fiquei trabalhando ali". Rapidamente, ela passou a colaborar com o Jornal Nacional, tornando-se editora e participando de coberturas históricas, como a morte do líder soviético Nikita Kruschev e a queda do elevado Paulo de Frontin, ambos em 1971.
Contribuições marcantes à televisão
Ao longo da década de 1970, Theresa também trabalhou como roteirista do Globinho, programa infantil em formato de telejornal, e assumiu a função de editora-chefe do Jornal Hoje. Em 1979, retornou ao Jornal Nacional, participando de coberturas relevantes, incluindo o atentado do Riocentro e as primeiras eleições governamentais após o regime militar. Ainda na década de 1980, atuou como produtora do Globo Repórter e, em 1986, tornou-se chefe da recém-criada editoria de Cultura, responsável pela cobertura de teatro, cinema, artes plásticas e dança em toda a rede.
Em 1995, Theresa Walcacer assumiu o cargo de gerente da Fundação Roberto Marinho, mantendo ainda participações em trabalhos editoriais pontuais até deixar a Globo em 2013. Sua carreira, que se estendeu por mais de quatro décadas, consolidou seu legado como uma das profissionais mais respeitadas e influentes do jornalismo brasileiro.