A história chocante de Adrián Simancas tem chamado atenção nas redes sociais. Aos 23 anos, o chileno protagonizou um dos episódios mais improváveis de 2025 ao sair ileso após ser engolido por uma baleia jubarte durante uma travessia marítima no extremo sul do continente.
O caso aconteceu em fevereiro, nas águas geladas da região da Terra do Fogo, nas proximidades de Punta Arenas. Adrián navegava ao lado do pai em packrafts, caiaques infláveis leves usados em expedições de travessia. A saída ocorreu na baía El Aguila, com destino à Ilha de Nassau, mas o percurso foi interrompido por um evento inesperado.
Durante a remada, o mar mudou de comportamento de forma abrupta. Em meio a um movimento de alimentação, uma baleia jubarte emergiu verticalmente, rompendo a superfície e abocanhando o caiaque onde estava o rapaz. O impacto foi imediato e desorientador.
Ao relembrar o momento, Adrián Simancas descreveu a confusão dos primeiros segundos. "Primeiro senti que estava sendo jogado para trás e, como o tempo havia piorado, começou a chover um pouco mais cedo e havia ondas mais fortes. Pensei que talvez fosse uma onda, mas quando continuei sentindo isso, em menos de um segundo, senti aquele impacto tão forte que soube que não poderia ser uma onda, porque parecia um tsunami ou algo estranho", contou.
A percepção do que estava acontecendo veio logo em seguida. "Eu me virei e senti como se algo estivesse roçando meu rosto, é como uma cor entre azul e branco e vejo que está vindo de cima e de ambos os lados e está me afundando. Pensei que tinha sido comido por alguma coisa, porque tínhamos conversado um pouco antes que também poderia haver orcas naquela área e que elas são mais agressivas", completou.
Do lado de fora, o pai acompanhava a cena com apreensão e passou a orientar o filho a manter a calma para evitar o pânico. Seguindo as instruções, Adrián conseguiu se agarrar à estrutura inflável e nadar até a embarcação do pai. Depois de subir no caiaque, os dois amarraram os packrafts, permitindo que ele fosse rebocado até a costa em segurança.
Apesar do desfecho positivo, o episódio deixou marcas profundas. Adrián, que viu a morte de perto, destacou que seu maior temor não era o ocorrido em si, mas a possibilidade de o pai também ser derrubado, pois caso acontecesse, as chances dos dois sobreviverem seriam mínimas.