Após o lançamento da série “Tremembé” no Prime Video, Cristian Cravinhos viu seu nome voltar aos holofotes e suas redes sociais explodirem em acessos. O ex-detento, condenado pelo assassinato dos pais de Suzane von Richthofen, revelou que seu perfil no Instagram recebeu mais de 34 milhões de visitas depois da exibição de uma cena polêmica na produção.
O trecho em questão sugere que Cristian teria vivido um relacionamento homoafetivo dentro do presídio, incluindo o uso de uma calcinha, o que rapidamente viralizou nas redes sociais. A repercussão fez com que o ex-cunhado de Suzane se manifestasse publicamente, negando o episódio e criticando a atenção dada ao caso.
“Não vou me defender de nada, não devo nada pra ninguém. Não temo nada. Cada um acredita no que quiser, com prova ou sem prova. O mundo tá pegando fogo, o Brasil tá caindo, e vocês preocupados com essa porra desse caso que já tava esquecido há muito tempo”, disse Cristian nas redes.
Dias depois, ele voltou a comentar o assunto, surpreso com o impacto da série em sua popularidade digital:
“Quanta gente curiosa! Obrigado a quem sempre me ajuda por aqui. Tamo junto”, publicou, destacando o aumento repentino de acessos. Atualmente, ele soma mais de 40 mil seguidores no Instagram.
O crime que chocou o país
Cristian Cravinhos ficou conhecido em todo o Brasil por participar do assassinato de Manfred e Marísia von Richthofen, pais de Suzane, em 2002. Ele e o irmão, Daniel Cravinhos, foram condenados por homicídio triplamente qualificado, crime que teve grande repercussão nacional.
Cristian recebeu uma pena de 38 anos e seis meses de prisão e, após cumprir cerca de 15 anos em regime fechado, obteve progressão para o regime aberto em agosto de 2017.
No entanto, a liberdade durou pouco. Em abril de 2018, ele se envolveu em uma confusão em um bar de Sorocaba (SP) e foi acusado de agredir uma ex-mulher. Durante a abordagem policial, tentou subornar os agentes, oferecendo R$ 1 mil para evitar a prisão. Na ocasião, também foi encontrada uma bala de calibre 9 mm, de uso restrito das Forças Armadas.
A Justiça decretou sua prisão preventiva, e Cristian foi reencaminhado à Penitenciária de Tremembé, a mesma onde cumprira parte da pena anterior. Seis meses depois, foi absolvido do crime de porte ilegal de munição, mas condenado por corrupção ativa, recebendo quatro anos e oito meses de prisão em regime fechado. Em março deste ano, Cristian voltou a ser solto, após cumprir parte da pena.