Unesco dá 1º aval para tombar cozinha italiana como patrimônio

Decisão final será anunciada entre 8 e 13 de dezembro

10 nov 2025 - 07h49
(atualizado às 08h05)

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) deu o primeiro aval para o reconhecimento da culinária italiana como patrimônio cultural imaterial da humanidade.

Evento em Roma para promover candidatura da cozinha italiana na Unesco
Evento em Roma para promover candidatura da cozinha italiana na Unesco
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

A entidade divulgou na manhã desta segunda-feira (10) o parecer técnico sobre a candidatura da Itália, que pode se tornar o primeiro país do mundo a ter sua cozinha tombada pela Unesco.

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De acordo com um comitê formado por especialistas dos cinco continentes, a culinária italiana preenche os requisitos para ser inscrita na lista de patrimônios culturais imateriais da humanidade.

A decisão final, no entanto, caberá ao Comitê Intergovernamental da Unesco, órgão político que se reunirá entre 8 e 13 de dezembro, em Nova Délhi, na Índia, para avaliar uma série de candidaturas, incluindo a da gastronomia do "Belpaese".

"A avaliação técnica publicada hoje nos diz que o dossiê foi bem feito e é coerente com os objetivos da Unesco", disse Pier Luigi Petrillo, professor da Universidade de Roma Unitelma Sapienza e curador da candidatura.

"Mas é preciso ter em mente que essa aprovação inicial não pode criar ilusões", acrescentou o especialista, "pois o Comitê Intergovernamental que se reunirá na Índia em dezembro terá a oportunidade de reverter completamente a decisão".

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Até agora, a Unesco nunca tombou uma culinária nacional em sua totalidade como patrimônio imaterial da humanidade, apenas elementos específicos, como a arte dos pizzaiolos napolitanos ou o preparo do kimchi coreano.

"Reconhecer a cozinha italiana significa demonstrar que a cultura e a comida são duas faces da mesma moeda. Em todos os povos, em todas as nações, o ato de comer reflete a cultura daquele lugar. Há povos em que a comida tem um papel secundário, mas há povos em que ele tem uma dimensão sagrada, como na Itália", disse Petrillo em uma entrevista à ANSA em outubro passado.

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