Fundador brasileiro do Facebook renuncia à cidadania americana
11 mai2012 - 16h20
(atualizado às 17h06)
O cofundador brasileiro do Facebook, Eduardo Saverin, renunciou à sua cidadania americana. De acordo com a Bloomberg, o nome de Saverin aparece em uma lista divulgada trimestralmente pela Receita Federal, A renúncia acontece às vésperas da abertura de capital da companhia que pode valorizar a rede social, da qual Saverin detém cerca de 2,5% a 4% das ações, em até US$ 96 bilhões. A medida, segundo o site, é para reduzir o pagamento de impostos no país.
De acordo com a Bloomberg, o executivo de 30 anos se junta a um crescente número de pessoas que estão desistindo da cidadania americana para diminuir suas obrigações tributárias no país. Atualmente vivendo em Cingapura, o brasileiro não vai escapar de todos os impostos dos Estados Unidos, mas para o professor da Universidade de Michigan Reuven S. Avi-Yonah, é uma ideia inteligente às vésperas da abertura de capital da empresa.
Os cidadãos americanos devem pagar imposto de renda, mesmo que não vivam nos Estados Unidos, afirma a Bloomberg. Já Cingapura não cobra imposto de renda de origem estrangeira.
Saverin se mudou para os Estados Unidos em 1992, e é um cidadão americano desde 1998. Ele ficou conhecido depois que o filme A Rede Social contou a conturbada história da criação do Facebook e sua ação na Justiça contra Zuckerberg. Segundo a Bloomberg, Saverin tem investido na Ásia, EUA e empresas europeias, e pretende investir no Brasil e tem forte interesse em entrar nos mercados asiáticos.
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Eduardo Saverin - O brasileiro era colega de Zuckerberg e, juntos, fundaram o thefacebook.com. Após uma batalha judicial, um acordo garantiu a Saverin 5% das ações, mas, atualmente, ele afirma que, após vendas, possui apenas 2,5%. Estima-se que a fortuna dele esteja na casa dos US$ 2 bilhões. Com a abertura do IPO, Saverin tem uma fatia de US$ 2,1 bilhões. O dinheiro do empresário deverá ser usado em companhias de que participa, como o QWiki e o ShopSavvy
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Dustin Moskovitz - Colega de quarto de Zuckerberg em Harvard quando o thefacebook.com foi criado, o empresário participou ativamente da construção do Facebook. A Forbes citou que a fortuna de Moskovitz era, em setembro de 2011, de cerca de US$ 3,5 bilhões e o chamou de "o bilionário mais jovem do planeta". Ele tem 5% em ações da rede social, o que, com a abertura do IPO, renderia US$ 157 milhões ao ano. Com o dinheiro, Dustin poderia investir em uma série de startups que poia
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Chris Hughes - Era colega dos fundadores do thefacebook.com, mas não largou Harvard para ir para Palo Alto. Anos depois, ele se tornou a imagem do Facebook, principalmente durante a campanha presidencial de Barack Obama, que, inclusive, o chamava de "o meu cara da internet". A Forbes estima que a fortuna de Hughes esteja na casa dos US$ 700 milhões. Com 1% das ações da rede social, Hughes terá US$ 850 milhões do negócio de US$ 85 bilhões
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Sean Parker - Sua conexão com o Facebook nasceu em 2004, quando soube do sucesso da então nova rede social. Foi ele quem agilizou os negócios para o Facebook, mas sua participação na rede social terminou em 2005 por pressão de investidores, após ser preso por suspeita de posse de cocaína. A Forbes estima que a fortuna de Parker esteja na casa de US$ 2,1 bilhões. Com 4% das ações, ele poderá ter um retorno de US$ 3,4 bilhões
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Reid Hoffman - Mais conhecido por ser cofundador e chairman do LinkedIn, foi um dos grandes primeiros investidores do Facebook. Ele injetou, no início, US$ 40 mil no Facebook. Estima-se que Hoffman tenha uma fortuna de aproxidamente US$ 1,5 bilhão. Com o total de 0,5 % das ações, o empresário deverá ter um aumento de US$ 425 milhões na renda com a abetura do IPO. Com o dinheiro, ele deve investir em novos negócios que ajudam a transformar o mundo em um lugar melhor.
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Peter Thiel - Empresário e investidor em novas tecnologias, investiu US$ 500 mil no Facebook em 2004, tornando-se, na época, o maior investidor a impulsionar os negócios da recém-criada rede social.Estima-se que Thiel tenha uma fortuna de US$ 1,5 bilhão. O investimento no Facebook, há oito anos, rendeu a ele 3% da companhia. Com a abertura do IPO, ele poderá ter mais US$ 2 bilhões na conta depois de sete anos, por exemplo
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Jim Breyer - Em 2005, Breyer pressionou a Accel a investir US$ 12,7 milhões na companhia de Mark Zuckerberg, além de ele mesmo colocar US$ 1 milhão do próprio dinheiro na empresa. Com uma fortuna estimada em US$ 1,1 bilhão, Breyer conseguiu 1% de participação no Facebook, o que, na abertura do IPO estimada em US$ 85 bilhões, deve aumentar a conta bancária em US$ 850 milhões