Aceleradoras apostam no socioambiental e fomentam startups

Em palestra no BlastU, evento de inovação que ocorre em São Paulo, empresas mostram como impulsionam startups engajadas

13 ago 2019 - 13h53
(atualizado às 15h11)

Não basta visar o lucro, é necessário conseguir impacto socioambiental relevante. Essa é a lógica de aceleradoras que apostam em empreendedores que têm pouca capacidade de investimento, mas que possuem gana para unir os dois lados da moeda: o dinheiro e a causa social.

A Artemisia é uma dessas aceleradoras, que apresentaram seus projetos e resultados no BlastU, festival de negócios, inovação e tecnologia que ocorre nos dias 13 e 14 de agosto em São Paulo, no Pavilhão da Bienal, no Parque Ibirapuera, na Zona Sul da cidade.

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De olho em mais de mil negócios por ano, a Artemisia seleciona pouco mais de dez para o processo de aceleração, a partir do aporte de investidores, que conhecem os riscos mas acreditam no retorno financeiro com aceleradoras renomadas no mercado.

"Empreendedores precisam de inúmeras coisas. O trabalho da Artemisia é tornar o processo menos complexo, refinando o modelo de negócio e indicando o real impacto social", explica Maure Pessanha, diretora-executiva da aceleradora.

Ela conta que a aceleradora passou a olhar para além dos centros urbanos, conectando-se também com a periferia, onde, segundo Maure, as iniciativas têm um perfil mais engajado com causas sociais.

"Queremos contribuir para que as periferias sejam protagonistas dos seus negócios, que não trabalhem apenas para subsistência", afirma.

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A MOV Investimentos é outra que busca transformar o sonho do pequeno empreendedor em realidade. O sócio co-fundador da empresa, Paulo Belloti, conta como um fundo de investimentos criado pela aceleradora ajuda a garimpar os negócios com mais pontecial.

Ele revela que a triagem feita a partir desse fundo leva 0,2% de empreededores a completarem todo o ciclo, ou seja, gerando lucro e alcançando impacto socioambiental relevante, objetivo essencial da MOV.

Maure Passanha, da Artemisia, confirma que o processo de empreender não é trivial. "Não é tão simples. Os negócios de impacto demoram para ser validados".

Ela diz que, em geral, as startups demoram de duas a três vezes mais tempo do que acham que precisariam para dar certo. E entre as que buscam impacto social e ambiental demoram ainda mais: quatro a cinco vezes mais tempo do que imaginavam ao iniciar seus negócios.

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"Na Artemisia a gente até brinca que primeiro precisamos desacelerar o empreendedor para depois acelerarmos a startup", conta Maure.

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Fonte: Redação Terra
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