O Observatório Espacial Herschel capturou a imagem de uma nebulosa que funciona como berçário de estrelas massivas. Denominada NGC 7538, a nebulosa está localizada a aproximadamente 9 mil anos-luz da Terra, e é considerada uma das poucas regiões de formação de estrelas massivas relativamente próximas de nós - o que permite a astrônomos observar esse demorado processo em grandes detalhes.
Fábricas de estrelas como a NGC 7538 consistem principalmente de gás hidrogênio, mas também contêm pequenas quantidades de poeira cósmica. Foi através desse componente menor, porém crucial, que o observatório Herschel conseguiu registrar em fotos essas regiões de formação estelar - isso porque a poeira brilha intensamente nos comprimentos de onda infravermelha utilizados pelos cientistas.
Com massa total equivalente a 400 mil sóis, essa nebulosa é uma fábrica ativa a partir da qual estrelas ganham vida - especialmente aquelas gigantescas, com massa superior a oito vezes a do nosso Sol. Treze das proto-estrelas (em formação) já contam com massas maiores do que 40 sóis, e são ainda extremamente frias, com temperaturas inferiores a –250ºC.
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O telescópio da Agência Espacial Europeia (AEE) Herschel deve encerrar suas operações em março. O instrumento conseguiu fazer um grande catálogo de imagens do espaço. Acima, nesta foto recente, o Herschel mostra as camadas de gás da Betelgeuse, uma das estrelas mais conhecidas
Foto: ESA/Herschel/PACS/MESS
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O telescópio conseguiu estudar a evolução das galáxias. Nesta imagem, de uma pequena área da constelação Ursa Maior, incontáveis galáxias foram registradas
Foto: ESA/SPIRE/HerMES
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Um dos instrumentos do Herschel é o HIFI. O espectrômetro consegue decifrar a química do espaço. O estudo realizado pelo Herschel do cometa Hartley 2 mostrou que o objeto tinha água e gelo com uma composição parecida com a dos oceanos da Terra
Foto: ESA/NASA/Herschel/HSSO/JPL
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O Herschel será lembrado como o telescópio que produziu grandes panoramas de gás e poeira, como esta na constelação de Cygnus. Invisível aos telescópios óticos como o Hubble, estas nuvens e filamentos rastreiam os locais onde as estrelas se formarão no futuro
Foto: ESA/Herschel/PACS/SPIRE/HOBYS Consortium
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O telescópio revelou novos fatos sobre nossa própria galáxia. Aqui, examinando o centro da Via Láctea, o Herschel olha para uma 'fita' de gás frio e poeira que tem mais 600 anos-luz de comprimento e parece retorcida. Os cientistas ainda não conseguiram explicar a razão para isto
Foto: ESA/NASA/JPL-Caltech/Hi-GAL
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Com seus detectores infravermelhos, o Herschel conseguiu fazer novas imagens e fornecer novas informações sobre locais e corpos celestes conhecidos. Esta imagem mostra a constelação de Serpens, com nuvens de gás e poeira, que revelam os processos de formação de uma estrela
Foto: ESA/Herschel/PACS/SPIRE
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A uma distância relativamente próxima de 2,5 milhões de anos-luz, a galáxia de Andrômeda tem um tamanho muito parecido com a Via Láctea. Aqui, as observações do Herschel (em laranja) estão combinadas com as do telescópio Newton XMM (em azul)
Foto: ESA/SPIRE/PACS/HELGA/EPIC/OM
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Acima, a visão de Herschel da RCW 120, uma bolha de gás e poeira no espaço, em volta de uma grande estrela. Outra grande estrela, que tem entre oito e dez vezes a massa do Sol, está se formando na borda da bolha (objeto branco brilhante)