Fotos: Roberto Oliveira
[ TRÊS ANOS SEM CHICO SCIENCE ]

[ MESTRE INSUPERÁVEL ]

[ ORIGINALIDADE ]

[ UMA GRANDE LIÇÃO ]

[ PERNAMBUCO PASSOU A INFLUENCIAR ]

[ MÚSICAS ]

 
Três anos sem Chico Science

Artista continua influenciando música pop no País e no mundo.

por Gilson Oliveira


 
Francisco França não poderia imaginar, mas ao realizar, no início dos anos 90, uma mistura de soul, funk e hip-hop com maracatu, ciranda, coco-de-roda e outros ritmos regionais, estava, na verdade, inventando a fórmula da longevidade artística. Hoje, três anos após sua morte, provocada por um acidente automobilístico no dia 2 de fevereiro de 1997, sua música continua pra lá de viva, influenciando artistas no Brasil e em outros países e colaborando para desenhar as feições do som do terceiro milênio.

Da paulista Mercado de Peixe às cariocas Pedro Luiz e a Parede, Rappa e Planet Hemp, passando pela mineira Skank, a alagoana Doutor Charada e a escocesa Bloco Vomit - uma das atrações da próxima edição do Abril Pro Rock - muitas são as bandas que reconhecem em seus trabalhos os efeitos da poção mágica criada pelo feiticeiro de Rio Doce, bairro periférico de Olinda, que, com o nome artístico de Chico Science, seria considerado pela crítica mundial o principal divisor de águas do pop internacional desde o aparecimento de Bob Marley, na década de 70.

Chico Science no Abril Pro Rock de 1995, em foto inédita de Roberto Oliveira Passados três anos do desaparecimento de Chico Science, que agora em 2000 estaria completando 34 anos, qual a importância do seu legado artístico para a história da música pop internacional e, principalmente, para a antigamente chamada "linha evolutiva da música popular brasileira"? Para responder essa pergunta, a Manguenius colheu depoimentos de pessoas que conviveram com o artista durante diversas etapas de sua vida e atuam em diferentes setores relacionados com a cultura musical do Estado.

Escreveram sobre Chico o jornalista Renato L, um dos ideólogos do Mangue e parceiro de Fred 04 na redação dos manifestos dos movimento; o cantor e compositor Silvério Pessoa, do Cascabulho, um dos grupos mais representativos da atual cena pernambucana; o organizador do Rock na Praça, Pedro Mendes, que desde o início envolveu-se com o Mangue Bit; o músico e produtor Zé da Flauta, integrante da Manguenius e proprietário do Studio Plug, onde Chico Science realizou a sua última gravação: um jingle , com música e letra suas, em homenagem a Pernambuco. A obra foi gravada no dia 19 de janeiro de 1997, quinze dias antes do falecimento do artista.


 

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