Fotos: Roberto Oliveira
[ TRÊS ANOS SEM CHICO SCIENCE ]

[ MESTRE INSUPERÁVEL ]

[ ORIGINALIDADE ]

[ UMA GRANDE LIÇÃO ]

[ PERNAMBUCO PASSOU A INFLUENCIAR ]

[ MÚSICAS ]

 
O Mestre Insuperável da Ciência dos Ritmos

Não é todo dia que Goldie, David Byrne e o Fila Brazilia juntam as forças para homenagear o groove de um malungo do terceiro mundo.

por Renato L


 
Três anos depois de tudo o que aconteceu, temos alguns motivos para ficar felizes. Honramos a memória de nosso amigo e ajudamos a manter o Recife como um dos principais pólos culturais do País. Vimos a Nação Zumbi levantar das cinzas, recuperar-se do baque e voltar a fazer soar seus tambores poderosos, uma quase ressurreição que surpreendeu a muita gente.

Assistimos, também, ao povo do Recife e de todo o Brasil reverenciar a memória e o talento do amigo, algo tão difícil nesses tempos de memória curta e ídolos de quinze segundos de fama. Mais que isso: com o CSNZ, constatamos até meio surpresos o quanto as música de Chico Science (e da Nação, é claro) era reconhecida lá fora, porque, afinal, não é todo dia que Goldie, David Byrne e o Fila Brazilia juntam forças para homenagear o groove de um malungo do terceiro mundo.

O que é foda é pensar na incrível, inumerável quantidade de batidas, de grooves que Francisco deixou de fazer (Renato L) No entanto, apesar de um certo ar de felicidade (se é que podemos usar essa palavra num contexto desses), não dá para disfarçar uma tremenda tristeza quando a data se aproxima e você se lembra daquela fatalidade e a Imprensa e os amigos voltam a tocar no assunto. Não falo nem das recordações dos que conviveram mais de perto com ele, as saudades do amigo. O que é foda é pensar na incrível, inumerável quantidade de batidas, de grooves que Francisco deixou de fazer.

Que pecado, interromper tão cedo a trajetória desse cientista dos ritmos! Que desperdício, logo na hora em que ele começava a brincar com o drum and bass e suas batidas quebradas, aparecer uma curva e um poste estúpido qualquer! Ninguém nesse Brasil dos anos 90 chegou nem perto de Chico nessa arte. Os anos passam e o mestre permanece insuperável...

 
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