Atualizado às 14h11
Foto: Alexandre Tahira/Terra |
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Diniz e Fernanda Vogel, durante o SP Fashion Week, no início de julho. (Mais fotos) |
O Corpo de Bombeiros encontrou o corpo de Fernanda Vogel entre as praias de Paúba e Santiago, próximo a Maresias, litoral Norte de São Paulo, perto das 7h45. A confirmação da identidade foi feita no IML, pelo primo da modelo, Henrique Vogel de Oliveira, e pelo amigo da família, Maurício Costa Ramos. Os bombeiros já tinham quase certeza da identidade, pois o corpo tinha uma tatuagem tribal na nuca e outra na perna, que correspondiam às da descrição da modelo. A equipe de resgate procura por Fernanda desde a sexta-feira passada, quando o helicóptero em que viajava com o namorado, o empresário João Paulo Diniz, caiu no mar. Diniz e o co-piloto do helicóptero, Luís Roberto Cintra, sobreviveram ao acidente e passam bem. Dois soldados que estavam em um bote inflável do Corpo de Bombeiros resgataram o corpo de Fernanda boiando a cerca de 400 metros da arrebentação. O local é muito próximo de onde o piloto Ronaldo Jorge Ribeiro, que morreu no mesmo acidente, foi localizado na terça-feira. Fernanda deve ser enterrada ainda hoje, no Rio de Janeiro.
A delegacia de São Sebastião, cidade onde fica Maresias, abriu inquérito para apurar as causas do acidente. João Paulo Diniz e o co-piloto da aeronave foram chamados para prestar depoimento. Existem dúvidas se houve falha humana. Ainda não há informações se o piloto informou ao Departamento de Aviação Civil que estava indo para Maresias apesar do mau tempo. O INPE e outros institutos de meteorologia avisavam que o tempo no litoral Norte de São Paulo estava ruim. A decisão de voar para o local, de acordo com oficiais da aeronáutica, seria de responsabilidade do piloto.
O Grupo Pão de Açúcar divulgou hoje nota oficial desmentindo que João Paulo Diniz tenha forçado o piloto a voar até Maresias apesar do mau tempo. "Toda e qualquer decisão de vôo em qualquer uma das aeronaves do Grupo Pão de Açúcar é tomada única e exclusivamente pelo comandante", afirma a nota. O heliponto em Maresias não tinha capacidade para fazer pouso por instrumentos e, de acordo com o dono do local, o piloto estaria ciente do mau tempo na região.
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