Diniz e Fernanda Vogel em desfile de moda, no início de julho (Veja mais fotos)

Com a retirada da água da fuselagem do helicóptero do grupo Pão de Açúcar, que caiu na última sexta-feira em Maresias, litoral norte de São Paulo, chega ao fim os trabalhos das equipes de resgate do Corpo de Bombeiros. A partir de agora, todas as atenções se voltam para as investigações que apontarão as causas, e supostos culpados, do acidente que matou a modelo Fernando Vogel e do piloto Ronaldo Ribeiro.

Os destroços do helicóptero serão periciados no hangar do fabricante do helicóptero em Osasco, grande São Paulo. A perícia deve chegar também ao Centro Técnico Aeroespacial da Aeronáutica, em São José dos Campos, interior paulista, onde a aeronave será analisada por uma bancada de engenheiros aeronavais. A burocracia que envolve uma viagem de helicóptero, como o plano de vôo, também será verificada.

O lado humano será levado em conta com a tomada de depoimento dos envolvidos no acidente. Ainda não há data definida, mas já é certo que o empresário João Paulo Diniz e Luis Cintra, o seu co-piloto, sobreviventes da queda, serão ouvidos pelo delegado-titular do 1º Distrito Policial de São Sebastião, Odair Bruzos, responsável pelo inquérito. Eles devem ser ouvidos em São Sebastião, também no litoral norte.

Na edição de quarta-feira do Jornal do Brasil, o colunista Ricardo Boechat levantou a possibilidade de que o plano de vôo do helicóptero seria irregular por prever uma viagem apenas para a avenida Paulista, no centro de São Paulo, e não para Maresias. O Pão de Açúcar divulgou uma nota afirmando que o helicóptero era seguro, mas não rebateu acusação sobre eventual irregularidade no plano de vôo.

A hipótese de que João Paulo Diniz teria obrigado o piloto a decolar, mesmo em condições climáticas desfavoráveis, foi negada pelo Grupo Pão de Açúcar, também em nota oficial. Testemunhas disseram que ventava muito e nuvens atrapalhavam a visibilidade no momento da queda. O responsável pelo Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos do Inpe afirma que as condições do tempo eram normais na hora do acidente.

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Redação Terra