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Conheça 3 mulheres periféricas da área de tecnologia em SP

Mulheres são 39% desse mercado e continuam avançando na área dominada por homens e na qual falta mão de obra qualificada

8 mar 2024 - 14h19
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Resumo
Três mulheres da periferia atuam na área de tecnologia e quebram barreiras em uma profissão dominada por homens. Conheça a história de Karina Prandini, 22 anos, moradora do Jardim Peri; Giulia Nascimento, 20 anos, de Itaquera; e Rosane Chene, 51 anos, que desenvolve trabalho social com tecnologia na região de Pirituba.
Giulia Nascimento, 20 anos, de Itaquera, despertou para a tecnologia em curso oferecido por ONG. Hoje, quer ser referência na área
Giulia Nascimento, 20 anos, de Itaquera, despertou para a tecnologia em curso oferecido por ONG. Hoje, quer ser referência na área
Foto: Divulgação

A porcentagem de mulheres na área de tecnologia é de 39% segundo relatório da Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e de Tecnologias Digitais. Porém, entre elas, três profissionais das periferias de São Paulo estão mudando o cenário masculino e de suas quebradas.

Uma delas é Giulia Nascimento, 20 anos, analista de Costumer Sucess EDI, teve sorte: diferente de muitas jovens de periferia, o estímulo à tecnologia veio da família, com uma tia que atuava no setor.

Moradora de Itaquera, Giulia conta que, ao fazer curso de programação web, teve “certeza” de que amava tecnologia, “mas as oportunidades são poucas para as minorias, incluindo as mulheres”, aponta.

Graduada em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, que concluiu em 2023, Giulia diz que a área da tecnologia é muito promissora, mas faltam lideranças femininas e incentivo. “Quero com meu trabalho e estudos me tornar referência, ser líder.”

Tecnologia é para mulher, sim

Karina Prandini, 22 anos, moradora do Jardim Peri e analista de qualidade de software pleno, em uma grande empresa do setor de tecnologia. Assim como outras jovens mulheres, Karina não recebeu incentivo ou teve contato com a área de tecnologia.

Isso mudou quando ela entrou no curso de formação profissional do Instituto da Oportunidade Social (IOS), em 2017. “Quando eu pensava em tecnologia já vinha o estereótipo de não é para mim, deve ter um muito cálculo”, mas não era nada disso. Ela fez cursos e ingressou na faculdade de Ciência da Computação.

Karina Prandini, 22 anos, do Jardim Peri. “Quando eu pensava em tecnologia, já vinha o estereótipo”
Karina Prandini, 22 anos, do Jardim Peri. “Quando eu pensava em tecnologia, já vinha o estereótipo”
Foto: Divulgação

Convidada a trabalhar na área, ingressou como estagiária, mostrou serviço e depois de cinco meses, foi efetivada na área de qualidade de software, em que está até hoje. Para Karina, faltam estímulos para que mulheres ingressem na área da tecnologia e, principalmente, apoio na formação e referências para se espelhar “No período da universidade, tive apenas uma professora mulher, e sem dúvidas ela também me ajudou muito a acreditar e entender que aquele espaço também era para mim.”

Voltando do mercado para impactar a comunidade

Rosane Chene, 51 anos, era executiva da área de tecnologia com carreira consolidada, quando resolver colaborar com a transformação social em Pirituba, zona oeste de São Paulo. Ela fundou, há 20 anos, o Projeto Amigos da Comunidade (PAC).

Irmã do meio de dois irmãos, trabalhou desde cedo. Começou como escriturária, fez curso de Processamento de Dados. Logo ingressou em uma grande empresa de tecnologia, sendo a primeira mulher a exercer a função de desenvolvedora de software.

Em cinco anos, Rosane chegou ao cargo de gerente de projetos e, logo depois, executiva de desenvolvimento de software. Tornou-se, então, a única mulher na história da empresa a ocupar essa posição, contrariando estáticas de um setor dominado por figuras masculinas.

Rosane Chene, empreendedora social e cofundadora da ONG PAC. Atuação em Pirituba, São Domingos e Jaraguá, zona oeste de São Paulo
Rosane Chene, empreendedora social e cofundadora da ONG PAC. Atuação em Pirituba, São Domingos e Jaraguá, zona oeste de São Paulo
Foto: Divulgação

Fazendo trabalhos sociais e cuidando das filhas, ela decidiu dedica-se exclusivamente ao trabalho social. Atuando na região de Pirituba, São Domingos e Jaraguá, o trabalho liderado por Rosane atende cerca de sete mil pessoas. “Nos primeiros anos como empreendedora social, um dos maiores desafios foi provar que era possível gerir uma ONG com profissionalismo e bons resultados”, comenta.

Mas sua experiência na área de tecnologia garantiu o sucesso da iniciativa que muda vidas de pessoas em vulnerabilidade social. O PAC tem quase cem funcionários, mais de dez empresas parceiras e cerca de cinco mil voluntários.

Fonte: Visão do Corre
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