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Lisboa: um passeio pelas artes e pela história

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Para se conhecer a capital portuguesa, de 500 mil habitantes, o início do passeio pode ser na região da Baixa, na Praça do Comércio, que fica situada junto ao rio Tejo. É uma das maiores praças da Europa, com vista palaciana ao fundo. Dali se pode pegar a rua Augusta (homenagem à figura do rei D. José I), começando pelo famoso Arco Triunfal, que liga a Praça do Comércio à Praça do Rossio, esta tradicionalíssima, onde sempre ocorreram os eventos públicos, dos autos-de-fé durante a Inquisição aos atuais comícios políticos.

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E de lá para Chiado, um dos bairros mais emblemáticos da história da cidade de Lisboa, localizado entre o Bairro Alto e a Baixa Pombalina. Em 1856, com a criação do Grêmio Literário (um clube, ponto de encontro dos intelectuais da época), o Chiado tornou-se o centro do Romantismo Português (é citado na obra Os Maias de Eça de Queiroz). Está dividido pelas freguesias do Sacramento e dos Mártires, duas das mais pequenas de Lisboa, sendo que esta última onde nasceu o poeta Fernando Pessoa.

Da Baixa pode-se seguir até o Bairro Alto, em direção ao Castelo de São Jorge, lugar carimbado para se tomar um café ao lado da estátua de Pessoa. Um castelo com mais de sete séculos, com canhões antigos apontando para o porto, uma vista de imponente beleza. Já no bairro de Belém, também próximo, está o magnífico Mosteiro dos Jerônimos, o Padrão dos Descobrimentos e a Torre de Belém. Esta última foi construída a mando de D. Manuel I, e o prédio é um exemplar da arquitetura militar do século XVI. Decorada segundo o estilo Manuelino, teve como mestre de obras o arquiteto e escultor Francisco de Arruda. A Torre avança sobre o rio Tejo e foi considerada pela Unesco como Patrimônio da Humanidade.

E de Belém (onde se deve experimentar os pasteis típicos), parte-se para outro passeio imperdível: o Parque das Nações, construído para receber a Expo'98 com o tema dos Oceanos. Com uma frente ribeirinha de cerca de 2 quilômetros de extensão, é um ótimo espaço de lazer e animação, com jardins, bares, espaços comerciais e os mais variados serviços. Lá é possível conhecer o Oceanário de Lisboa, o Pavilhão do Conhecimento e a Torre Vasco da Gama.

Numa visita pela história da cidade, os museus não podem faltar. Por exemplo, o famoso Museu da Marinha, onde estão veleiros do século XVIII, modelos de naus da época do Descobrimento até os mais recentes navios da Marinha de Guerra Portuguesa. Já o Palácio Nacional da Ajuda, que foi construído na primeira metade do século XIX, é um edifício de estilo neoclássico assinado por Xavier Fabri e José da Costa e Silva. Serviu de residência oficial da Família Real Portuguesa quando D. Luís assumiu o trono português (1833-1889). Lá podem ser apreciadas belas coleções de pratarias, pinturas, mobiliário, tapeçarias e porcelanas, uma reunião de quinquilharias que dão mostras da atmosfera monárquica do país.

Outro ícone imperdível em Lisboa é o Aqueduto das Águas Livres, do reinado de D. João V, cujo fim era prover água à cidade de Lisboa ao longo dos seus mais de 20 quilômetros. Sobre o vale de Alcântara encontra-se o maior arco de pedra em vão que se conhece, com mais de 65 metros de altura por quase trinta de base. Sobre ele se tem uma grande visão da cidade. Já as Ruínas do Carmo remontam ao convento fundado por Dom Nuno Álvares Pereira em 1389, rememorando os tempos da influência gótica na arquitetura portuguesa. Foram danificadas com o terremoto de 1755, mas conservam as estruturas e elementos originais dos séculos XIV-XV. Lá ainda está o Museu Arqueológico,com muitas peças importantes e antiquíssimas dos lusitanos.

A casa dos bicos, edifício do século XVI, está situada junto ao rio Tejo e atualmente é sede da Câmara Municipal de Lisboa e vale muito a visita: a fachada é talhada em ponta de diamante ou bicos, daí o nome. E os teatros não podem faltar, como o Teatro Nacional de São Carlos, inaugurado em 1793 e inspirado no La Scala de Milão, que é um misto das influências do neoclássico e interiores decorados sob os marcos do rococó e do ecléctico. Por fim, o Teatro Nacional D. Maria II, este mais recente, onde algumas de suas colunas foram trazidas da Igreja de S. Francisco, destruída pelo terramoto de 1755.

Para encerrar a visita pela Lisboa de todos os poetas, uma sugestão é o Mercado da Ribeira. Inaugurado em 1882, trata-se de um edifício com estrutura metálica e paredes exteriores em alvenaria e cantaria. Foi o antigo centro do comércio lisboeta, mas após a inauguração do chamado MARL (Mercado Abastecedor da Região de Lisboa), perdeu a sua vocação atacadista. Porém, não deixou de ter o charme de um apropriado lugar para se comprar frutas, legumes, peixes e flores, traços do modo de vida da capital descobridora de todos os sete mares.

Agência Andrés Bruzzone Comunicação

Fonte: Especial para Terra
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