Surto psicótico: saiba causas, como agir e qual o tratamento
A manifestação do surto psicótico pode ser temporária ou persistente, variando conforme a causa e as características pessoais de quem vivencia o quadro. Saiba causas, como agir e os tratamentos.
O surto psicótico é um fenômeno caracterizado por uma alteração significativa na percepção da realidade, onde o indivíduo apresenta sintomas como delírios, alucinações e um comportamento desorganizado. Esses episódios surgem de maneira abrupta e geralmente deixam a pessoa impossibilitada de distinguir o que é real do que é fruto de sua mente. Dessa forma, o impacto do quadro é notável na vida familiar e social do indivíduo, exigindo intervenções rápidas para minimizar riscos e proporcionar o suporte adequado.
A manifestação do surto psicótico pode ser temporária ou persistente, variando conforme a causa e as características pessoais de quem vivencia o quadro. Em geral, essa condição costuma provocar grande preocupação entre amigos, familiares e profissionais da saúde devido ao risco de atitudes autolesivas ou agressivas. Por esse motivo, entender os fatores desencadeantes e reconhecer os sinais precoces são passos fundamentais para manejar a situação de forma segura e eficiente.
Como identificar um surto psicótico?
O reconhecimento do surto psicótico depende da observação de sintomas específicos, que vão além de alterações comuns do humor. Entre os sinais mais frequentes estão:
- Delírios: Crenças irreais e inabaláveis, como perseguição imaginária ou poderes sobrenaturais.
- Alucinações: Percepção de vozes, imagens ou sensações que não existem no ambiente.
- Desorganização do pensamento: Dificuldade para manter a lógica e coerência ao falar ou agir.
- Comportamento imprevisível: Pode se manifestar por agitação, isolamento repentino ou agressividade.
- Queda no desempenho cotidiano: Dificuldade para cuidar da higiene pessoal e realizar tarefas rotineiras.
Esses sintomas podem variar em intensidade. Em alguns casos, a pessoa perde o contato total com a realidade, necessitando de monitoramento constante para garantir sua segurança.
O que causa o surto psicótico?
Diversos fatores podem desencadear o surto psicótico, sendo importante diferenciar entre causas orgânicas, uso de substâncias ou condições psiquiátricas. Assim, os principais motivos englobam:
- Transtornos mentais: Esquizofrenia, transtorno esquizoafetivo e transtorno bipolar são exemplos de doenças associadas a esse quadro.
- Uso de drogas: Substâncias como álcool, maconha, cocaína, LSD e anfetaminas podem induzir episódios psicóticos, tanto em usuários frequentes quanto em pessoas sensíveis.
- Estresse intenso: Traumas emocionais, lutos ou situações de sobrecarga psíquica podem servir de gatilho para o desequilíbrio mental.
- Causas orgânicas: Tumores cerebrais, infecções, doenças metabólicas ou neurológicas também são possíveis responsáveis.
É fundamental lembrar que a combinação de fatores — como predisposição genética e eventos de vida marcantes — pode aumentar a probabilidade de um surto.
O que fazer quando alguém tem um surto psicótico?
Diante de um episódio psicótico, tomar medidas adequadas é essencial para proteger o indivíduo e quem está ao seu redor. Por isso, algumas recomendações importantes incluem:
- Manter a calma e falar com serenidade, evitando ações bruscas ou confrontos.
- Retirar objetos que possam ser usados para ferir a si próprio ou terceiros.
- Não tentar convencer a pessoa de que suas crenças ou sensações não são reais, pois isso pode aumentar o conflito.
- Buscar apoio imediato de profissionais de saúde mental ou ligar para serviços de emergência em situações de risco.
- Se possível, permanecer ao lado do indivíduo até que ele receba ajuda especializada.
O acolhimento humanizado e a ausência de julgamentos são atitudes que ajudam a reduzir o sofrimento e colaboram para o encaminhamento ao tratamento.
Qual é o tratamento para surto psicótico?
O tratamento do surto psicótico é conduzido por uma equipe multidisciplinar e depende do diagnóstico e da gravidade dos sintomas. Assim, as principais abordagens incluem:
- Medicamentos antipsicóticos: Utilizados para controlar delírios, alucinações e restabelecer o contato com a realidade.
- Acompanhamento psicoterapêutico: Sessões com psicólogos ou terapeutas ajudam na compreensão do episódio e no desenvolvimento de estratégias de prevenção de recaídas.
- Cuidados hospitalares: Em casos graves, pode ser necessário internação para proteção e estabilização da saúde mental.
- Suporte familiar: Grupos de apoio e orientação à família facilitam a adaptação e o compromisso com o seguimento do tratamento.
Com a intervenção correta, muitas pessoas conseguem retomar suas atividades e manter o bem-estar com monitoramento contínuo. O acompanhamento psiquiátrico, aliado a orientações comunitárias, é parte fundamental do processo de recuperação e reinserção social.